31.12.12
30.12.12
Janeiras em Dezembro
Ranchos folclóricos. Não tenho nada contra a sua patética existência, nem contra as pessoas que acham o máximo passar o tempo livre a rodopiar em círculos, entoando com voz de cana "ranchada" o canto de acasalamento da gralha-de-nuca-cinzenta, vestidos como extras do "The Miracle of Our Lady of Fatima".
Se não me incomodarem a mim, eu não os incomodo a eles.
Mas quando estou descontraído a desfrutar uma belíssima refeição no meu restaurante favorito e de repente surge um ataque surpresa e vejo-me cercado por um gang de gatos com cio a berrar esganiçadamente enquanto tentam extorquir uns trocos para parar com a tortura, eu só penso: será que estes tipos têm seguro contra um garfo espetado na testa?
22.12.12
Xmas Shuffle Vol.6
Como manda a tradição, aqui vai o subsídio musical.
Não aconselhável a quem sofrer de TPN.
Ah, e feliz Natal!
Prenda: aqui.
Não aconselhável a quem sofrer de TPN.
Ah, e feliz Natal!
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20.12.12
14.12.12
Twigs - Breathe
Há aqui qualquer coisa que bate mesmo muito certo..... (e não me estou a referir ao martelo).
12.12.12
Kitty Power
Hilariante. Quem já assistiu a uma destas performances "especiais" da Cat Power que levante o braço.
11.12.12
Cold Pumas
"There´s joy in repetition", diria o Prince. Que é como quem diz: groove a groove enche a catarse o papo. Foi com este objectivo em mente que os Cold Pumas partiram para "Persistent Malaise", o recomendável álbum de estreia destes felinos de Brighton que ajuda a manter acesa a chama do revivalismo krautrock. Hipnótico o suficiente para iludir as maleitas mais persistentes.
Há uma edição de 500 cópias em vinil (180g), que os mais despachados poderão encomendar aqui.
farmácia de serviço
Há uma edição de 500 cópias em vinil (180g), que os mais despachados poderão encomendar aqui.
farmácia de serviço
7.12.12
4.12.12
Primavera Club | Guimarães 2012
Dia 1 | 30-11-2012
Lemonade | CCVF | Pequeno Auditório
Em pouco mais de dois anos, a vaga chill-wave metralhou para a ribalta uma lista interminável de projectos, até implodir por saturação. Os sobreviventes deram um passo ao lado (ou atrás) e dedicam-se agora a alguma espécie de revivalismo alusivo às décadas de setenta e oitenta, com Toro & Moi, novamente, a iluminar o caminho. Os Lemonade parecem querer fazer o percurso inverso. Depois de um primeiro álbum pintado com as cores brilhantes dos LCD ou !!! têm vindo gradualmente a aveludar o seu som até chegarem a Diver, o seu melhor disco até à data, onde as sobras do chill-wave, se misturam com subtis referências a James Blake e Frank Ocean, criando um som atraente e convidativo. Infelizmente ao vivo a coisa não resulta plenamente. Fora do estúdio notam-se algumas fragilidades, quer na voz, quer nos arranjos empobrecidos que tentam compensar com um carácter efusivo mas sem munições para o efeito (ressalte-se porém que a escolha do recinto não terá sido a mais acertada para a festa que se pedia).
O facto de visualmente parecerem uma banda neo-romântica caída de 1982 tem alguma piada - mesmo que involuntária - mas não chega...
Daughn Gibson | CCVF | Café Concerto
"All Hell", o álbum de estreia de Daughn Gibson, editado no início do ano, com a sua meticulosa sonoridade lo-fi, baladas country sobre samples sombrios e uma portentosa voz de barítono a sublinhar tudo a traço grosso, tinha todos os ingredientes para não ganhar concursos de popularidade. Puro engano. Não só se revelou um dos discos mais viciantes do ano como, ao vivo, ganha uma dimensão extra, servido com aquele vozeirão do outro mundo e uma incrível presença em palco, tão imponente como os camiões TIR que o o rapaz costumava conduzir. Surpreendente, para um tipo com um laptop e duas máquinas de samples. Só pecou por ser tão curto, embora cheirinhos de um novo álbum a caminho deixem antever experiências ainda mais gratificantes num futuro próximo.
Sharon Van Etten | CCVF | Grande Auditório
Vim para este concerto com a excitação e a expectativa de um adolescente com cio prestes a saborear a primeira vez. Tudo o que tenho a dizer é que não saí desiludido. Melhor momento do festival, com o bónus inesperado de ter a fantástica Heather Woods Broderick no lugar de co-piloto. Palavras para quê, é ver e babar.
Destroyer | São Mamede
A par dos Wilco, os Destroyer são actualmente uma das melhores bandas para ver ao vivo e toda a gente deveria assistir a um concerto seu pelo menos uma vez na vida. De preferência já, enquanto os efeitos de Kaputt ainda se fazem sentir e a banda está num absoluto estado de graça, tocando com uma fluidez e um entrosamento impressionantes. Devido à maldita sobreposição de concertos só apanhei o final, mas o deleite com que assisti ao concerto de Vigo, no verão passado, repetiu-se totalmente nesses escassos vinte minutos.
Ariel Pink | São Mamede
Com Ariel Pink, assistir a um concerto consistente do princípio ao fim, é cada vez mais um golpe de sorte. Como tentar sintonizar uma rádio decente na auto-estrada ou esperar que a torrada caia sempre com a manteiga para cima. Começo a duvidar que o momento absolutamente perfeito que teve lugar no Plano B em 2010 (lembrem-me para o pôr aqui um dia destes) vá ter réplica à altura. A mistura entre a lucidez melódica, a roçar a epifania e o experimentalismo errático e a fazer festinhas à indulgência, vai ser sempre o trunfo maior, que faz de Ariel Marcus Rosenberg um dos mais imprevisíveis e interessantes personagens do panorama musical actual. Mas é também o seu calcanhar de Aquiles, um equilíbrio difícil de manter ao vivo durante uma hora inteira, umas vezes conseguido, outras nem por isso. O que não impede que se tente sempre. Afinal, qualquer oportunidade para ouvir uma versão inesperada de "Round and Round" é sempre bem vinda.
Dia 3 | 02-12-2012
Gorada que estava a possibilidade, por motivos logísticos, de ir ao segundo dia do festival, não resisti ao convite da Campaínha Eléctrica para assistir aos dois últimos concertos, após a jantarada da praxe.
Cats On Fire | São Mamede
Os finlandeses Cats On Fire são uma banda simpática, que pratica um indie-pop agradável com um travo a Aztec Camera e a Smiths. Têm umas músiquinhas giras, bem tocadas e com tendência a condensarem-se numa névoa indistinta que não deixa grande marca. Têm em Mattias Björkas (amante das "bejecas" Sagres) um líder com o carisma do Brett Anderson e um sentido de humor tipicamente nórdico. Sabe cativar a assistência com piropos bairristas e tem manha suficiente para finalizar o concerto com "A Few Empty Waves". Para além de ser a canção mais up-beat do último álbum (fazendo lembrar um pouco o Jens Lekman), tem tudo para agradar ao público luso, com a sua alusão constante ao "portuguese water dog". Distraem sem chatear e sem registar. O que me fez ir até casa a matutar se esta seria a primeira ou a segunda vez que os via ao vivo...
The Vaccines | São Mamede
Fica-se vacinado contra os Vaccines logo ao primeiro álbum dos londrinos, embora seja de reconhecer (a custo) que no segundo (e num dos EPs que o acompanham), até há dois ou três temas interessantes. Pelo menos o suficiente para não me fazerem rodar a cabeça 360 graus e vomitar Tantum Verde. O resto é mais do mesmo, pastiche atrás de pastiche, pilhagem atrás de pilhagem. Normalmente, grupos com o carimbo "next big thing" do NME não passam a fronteira do "sabor do mês". Este é um caso à parte, um produto muito bem trabalhado pela editora e pelo manager seguindo o manual da indústria discográfica para a criação de estrelas rock pseudo-indie. Vê-los ao vivo, confirma-o penosamente. A sucessão de tiques e clichés de uma banda de estádio em formato embrionário deixa um sabor enjoativo a fenómeno fabricado, não conseguindo sacudir a impressão de estar a assistir aos Green Day a tentar imitar uns Strokes menos inspirados. Estarão a encher pavilhões não tarda nada.
3.12.12
Devendra de Mala aviada
Para alguém tão prolífico como Devendra, três anos sem editar é muito tempo. O que para die-hard fãs como eu, habituados à dose habitual, dá uma ressaca monumental. Mas antes que os Flaming Lips se lembrassem de gravar um "Is Devendra Banhart Dying?", eis que (via Pitchfork) chega a boa nova natalícia: o ex-senhor Portman vai lançar - se bem que só lá para a Primavera - um disco novo intitulado Mala. Desta feita, evitando o erro de percurso que foi editar por uma major (a Warner), que quase o apagou do mapa. O disco leva agora o selo da Nonsuch, com produção, mais uma vez, do compincha Noah Georgeson. Esperemos é que os ares de Nova York, onde agora reside, não lhe tenham dado a volta ao miolo.
Teaser de serviço:
29.11.12
Bonnie 'Prince' Xmas
Já são tantos os 7" deste rapaz espalhados pelos cantos da casa que, mais um menos um, não vai fazer grande diferença....
Dawn McCarthy & Bonnie 'Prince' Billy "Christmas
Eve Can Kill You" - Limited 7"
Para comprar? É aqui.
Dawn McCarthy & Bonnie 'Prince' Billy "Christmas
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Para comprar? É aqui.
28.11.12
Sharon & companhia no Primavera Club de Guimarães
Se o Primavera Club fosse na Cova da Iria (reconhecido local de espectáculos primaveris), esta rapariga com nome de dominatrix era a única que me punha em marcha acelerada para Fátima num ápice. Felizmente não vou ter que andar tanto, na próxima sexta feira, Sharon Van Etten, uma das minhas obsessões de estimação, vai estar aqui a dois passos e (ó felicidade!) traz a tiracolo uma das revelações mais interessantes do ano: Daughn Gibson, ex-camionista tornado electro-country-autor e o único que seria capaz de transformar o hino cantado por Tony Pinheiro, numa peça digna de figurar numa banda sonora do David Lynch.
Como se isto não bastasse, ainda temos direito a Lemonade e ao regresso a terras lusas destes dois cromos geniais, o que só por si já justificaria os 25€ do bilhete:
Destroyer
Ariel Pink
É muita fruta!
Cartaz completo para o dia 1 do festival aqui.
25.11.12
Pure Bathing Culture
Fresco no Verão, quente no Inverno.
farmácia de serviço
24.11.12
Slim Twig + U.S. Girls @ Centro Cultural Vila Flor 23-11-2012
Slim Twig (full concert)
U.S. Girls (full concert)
U.S. Girls (full concert)
23.11.12
PARTY ON
© Anoik
A Dedos Bionicos festeja amanhã o seu 5º aniversário!
O cartaz não deixa margem para dúvidas, a festa vai ser rija.
Parabéns ao Nuno, mentor/motor incansável deste projecto, que tem acariciado os ouvidos dos brigantinos com concertos de altíssima qualidade e artistas de gabarito.
You rock ma friend!!!
mais info aqui.
19.11.12
18.11.12
16.11.12
Gostas de mel?
Felizmente as melhores tradições ainda são o que eram.
E não há Outono sem o Norberto no Passos.
15.11.12
Arthur Beatrice
farmácia de serviço
Grande urso!
Daniel Rossen, o meu ursista favorito e principal responsável pelos Department Of Eagles (também conhecidos por Casa do Benfica), decidiu recentemente presentear os visitantes da sua página soundcloud, com dois primorosos favos de mel retirados da sua colheita privada, a qual já este ano nos havia fornecido néctar suficiente para nos besuntar-mos da cabeça aos pés.
São duas gravações caseiras de 2009, contendo o toque de génio habitual, mais 23% de charme acrescentado, pelo facto de fazerem aparecer um holograma do Elliott Smith de cada vez que as ouvimos.
São duas gravações caseiras de 2009, contendo o toque de génio habitual, mais 23% de charme acrescentado, pelo facto de fazerem aparecer um holograma do Elliott Smith de cada vez que as ouvimos.
My precious.....
Vocês gostam muito, mas mesmo muuuito dos Alt-J não é?
Então e se eu vos dissesse que a banda sonora de Silver Lings Playbook contém um precioso original da banda delta, acabadinho de pingar por estes lados. Começavam a salivar mais abundantemente que o Homer Simpson numa fábrica de donuts, certo?
"Buffalo" é o nome do bicho que - quem sabe - poderá até levar os nossos meninos a subir ao famoso palco onde se distribuem aquelas estatuetas abichanadas, em Fevereiro do próximo ano.
Íamos gostar menos deles por causa disso? Nahh.
farmácia de serviço
9.11.12
Bo Keeney
Bo Keeney (Bo, em homenagem não ao cão do Obama, mas ao lendário Bo Diddley, ídolo do pai), é um melómano obsessivo com o dom da ubiquidade instrumental, que cresceu na California (onde a mãe era estilista capilar de bandas de hair-metal) e vive agora no Reino Unido, locais cuja influência é tão óbvia que se consegue ver do espaço.
Os três temas do EP misturam doses generosas de blues, soul e drum'n'bass com uma naturalidade do caraças, sem esquecer uma piscadela de olho nada subtil, ao ceguinho que só telefonou para dizer que me ama. Quando resulta, consegue pôr um mono com dois pés esquerdos a dançar como se fosse o rei da pista. Hit it.
8.11.12
Field Mouse
Os Field Mouse são uma banda de Brooklyn (sim, mais uma), dedicada a recriar aquela pop etérea com tiques shoegaze que fazia as delícias dos adeptos da 4AD em meados de oitenta. Têm uma miúda gira no microfone, um álbum de 2010 que passou despercebido, dois agradáveis EP's deste ano a merecerem uma escutadela descontraída e pouco mais haveria a dizer, não se desse o caso de terem feito uma fantástica versão de "Falling", o tema título de Twin Peaks, incluída no lado B do single "How do You Know", lançado em edição limitada pela Lefse Records. O single faz parte de um pacote de sete rodelas exclusivas, que pode ser adquirido por inteiro, ou em suaves prestações, aqui. Cheira-me a bom investimento. Resta aguardar agora pelo tira teimas que será o segundo álbum.
farmácia
5.11.12
Carlos do Carmo | Casa das Artes de Famalicão | 03-11-2012
"Este gajo passou-se...", pensam vocês.
I pity the fool who doesn't like mr. C.C., digo eu.
I pity the fool who doesn't like mr. C.C., digo eu.
3.11.12
Mac DeMarco
Os trejeitos de crooner indolente, a cantar por cima de guitarras debitadas por um leitor de cassetes com problemas motores foram atenuados, tornando as canções mais concisas e cativantes. Paira uma agradável sensação de bem estar por todo o disco, independentemente da temática recair sobre famílias disfuncionais fabricantes de estupfacientes ou pedidos infrutíferos a amores não correspondidos, Se fosse diluído no depósito de fornecimento de água, atenuava o amargo de alma que para aí vai. Que tal uma vaquinha para o trazer cá?
farmácia de serviço
Agora vejam isto:
E aos 2:50 minutos saltem para aqui:
Flamingods
A honra coube aos Flamingods com "Sun" e, a julgar pelo fantástico aperitivo aqui em baixo, um admirável pedaço de indie-pop barrado com experimentalismo étnico, só pode ter sido uma decisão fácil. Esperam-se altos voos destes deuses flamejantes.
1.11.12
27.10.12
26.10.12
Angel Olsen
- Ora bem, passa pela Alela Diane e segue sempre a direito até à Nina Nastasia, contorna, vira à esquerda e quando chegar ao cruzamento entre a Laura Gibson e a Marissa Nadler vira à direita em direcção à Karen Dalton. A Angel Olsen fica mais ou menos a meio, mesmo em frente à Tiny Ruins.
Não deixe de experimentar as "Acrobat" e "The Waiting". São de chorar por mais.
25.10.12
My Dry Wet Mess
Amanhã no Cafe Au Lait, à pala, cortesia dos Lollypopianos.
My Dry Wet Mess - Etcetera from Martin Allais on Vimeo.
My Dry Wet Mess - Etcetera from Martin Allais on Vimeo.
Negativland | Maus Hábitos | Porto 20-10-2012
Noise sweet noise....
(não percam aos 52'm o encore mais fixola de todos os tempos)
(não percam aos 52'm o encore mais fixola de todos os tempos)
24.10.12
Andy Burrows – Company
Façam o teste de carbono-14 a este álbum, e o resultado sairá errado em mais de trinta anos anos. Quem sentir saudades de uma época que não viveu (ou não teve idade para gozar), onde o calendário nunca passa de 1979, vai ficar surpreendido com este disco. As canções, previamente embebidas em orquestrações luxuriantes, são servidas com um fiozito de azeite extra-virgem e é de bom tom ter um fraquinho pelos Fleetwood Mac e Steely Dan.
Acrescente-se ainda que o autor desta agradável badochice tem um currículo bastante improvável para este tipo de coisas... Andy Burrows foi baterista dos pouco recomendáveis Razorlight e We Are Scientists até enveredar por uma carreira a solo e conseguir pela primeira vez - à terceira tentativa - olhar para o espelho sem sentir vontade de vomitar. Um feito notável que merece ser contado na Fátima Lopes.
23.10.12
Dan Croll
From Nowhere, o single de estreia deste moço colou-se-me ao ouvido à primeira escutadela - eu sei, eu sei... o catchy as hell é por vezes mais efémero que uma paixão adolescente.
Nada a fazer, crollei-me à melodia fácil e prazenteira, à letra bonitinha e à voz danada de boa.
Aguardemos notícias de Liverpool, que este rapaz, definitivamente, vem d'algum lado...
Josephine Foster | Passos Manuel | Porto | 18-10-2012
No final de cada concerto, os dotes vocais de Josephine Foster costumam motivar comentários jocosos entre os que garantem ter desafinado o tempo todo e os que afirmam exactamente o contrário.
No entanto, todos concordam numa coisa, é a sua forma de cantar tão peculiar, como uma soprano com síndrome de insuficiência tonal, que faz dos seus concertos momentos únicos e inesquecíveis. Claro que ter uma banda maleável às flutuações harmónicas da vocalista e contar (literalmente) a tempo inteiro com o contorcionismo melódico de um guitarrista hiperactivo também ajuda. Isso e um reportório imaculado, neste caso, a incidir especialmente no fabuloso Blood Rushing, álbum recentemente editado, de onde foram retiradas nove deliciosas fatias (excluindo apenas "Sacred Is The Star"), com tempo ainda para um desvio até "This Coming Gladness" com "The Garden Of Earthly Delightts" e para uma pequena homenagem aos colegas Cherry Blossoms com uma versão de "Amazing Stars", terminando com a cereja no topo do bolo, a interpretação de "Mother Nature Is The Holliest " à boca do palco, apenas com um bombo e uma pandeireta, em jeito de pow-wow, invocando um dos fortes motivo de inspiração para Foster, que desde cedo se interessou profundamente pela cultura nativo-americana.
No entanto, todos concordam numa coisa, é a sua forma de cantar tão peculiar, como uma soprano com síndrome de insuficiência tonal, que faz dos seus concertos momentos únicos e inesquecíveis. Claro que ter uma banda maleável às flutuações harmónicas da vocalista e contar (literalmente) a tempo inteiro com o contorcionismo melódico de um guitarrista hiperactivo também ajuda. Isso e um reportório imaculado, neste caso, a incidir especialmente no fabuloso Blood Rushing, álbum recentemente editado, de onde foram retiradas nove deliciosas fatias (excluindo apenas "Sacred Is The Star"), com tempo ainda para um desvio até "This Coming Gladness" com "The Garden Of Earthly Delightts" e para uma pequena homenagem aos colegas Cherry Blossoms com uma versão de "Amazing Stars", terminando com a cereja no topo do bolo, a interpretação de "Mother Nature Is The Holliest " à boca do palco, apenas com um bombo e uma pandeireta, em jeito de pow-wow, invocando um dos fortes motivo de inspiração para Foster, que desde cedo se interessou profundamente pela cultura nativo-americana.
21.10.12
10
Parece incrível, mas faz este mês uma década que Up The Bracket, o bombástico contributo dos Libertines para o renascer do interesse de toda uma geração pelo indie rock (culpa, obviamente, dos Strokes e White Stripes) viu a luz do dia. Mais incrível ainda é constatar, contra todas as expectativas, que as casas de apostas estavam erradas, todas as tentativas de Pete Doherty pare se juntar ao heavenly choir foram até agora infrutíferas. Passaram dez anos, mas ele não se lembra de nada.
20.10.12
Negativland, hoje no Maus hábitos. Entrada Livre
Mais aqui: JN
19.10.12
Não sejas mau para mim
Alguns desses temas, foram aparecendo esporadicamente em raríssimas demo-tapes gravadas, em baixa fidelidade, pela própria banda. Um dos meus favoritos, o inspirado "Bad To Me", foi composto para Billy J. Kramer, mas independentemente do intérprete, a autoria é inconfundível, tresandando a Beatles por todos os poros. A demo original, registada em 63, contém apenas a voz de Lennon acompanhada à guitarra, só que, como seria de esperar, não tardaram a surgir os inevitáveis acrescentos caseiros, que ajudam a dar uma ideia de como poderia soar o produto final.
versão original
versão "kitada"
17.10.12
The declaration of indiepenis
Quem se lembrar da sensação "enxerto de porrada" deixada pela primeira audição de "The Future of War", dos Atari Teenage Riot, e tiver esperado estes anos todos para replicar o momento, vai ter aqui um fartote.
Proponho que na próxima manifestação à porta do parlamento, em vez do habitual empenho humorístico nos cartazes, haja unanimidade estética, brandindo massivamente esta capa, enquanto as carripanas da UGT cospem "World of Dogs" bem alto, dos altifalantes.
16.10.12
Hellooo Neeewton.
É impressão minha ou isto está mesmo a pedir uma cover?
Ah, se ao menos houvesse Youtube quando eu era um pirralho....
Olivia Newton John - A Little More Love
Ah, se ao menos houvesse Youtube quando eu era um pirralho....
Olivia Newton John - A Little More Love
15.10.12
A catcher in the Rhye
14.10.12
Young Marble Giants @ Teatro Municipal de Vila do Conde
Farto-me de barafustar contra o oportunismo de bandas inexistentes há décadas, cujo anacrónico e despropositado retorno ao activo, cria um misto de vergonha alheia e desprezo, que nem os bolsos mais recheados de cifrões alguma vez irão justificar.
Mas, claro, há excepções. E quando falamos de um projecto que, sem saber bem como, criou a matriz para a sonoridade pós-punk de cariz minimalista, que ainda hoje é utilizada por bandas devedoras de chorudos royalties pelo simples facto de existirem (olá XX), tudo isto, com um único álbum, editado já após a sua dissolução, a excepção torna-se por demais evidente.
Colossal Youth, o disco que influenciou tanta e tão variada gente, não tem um cabelo branco, continua tão urgente e actual como há trinta e dois anos atrás. Ouvi-lo ao vivo, na íntegra, é sempre um privilégio que não deve ser desperdiçado. Um mimo.
Mas, claro, há excepções. E quando falamos de um projecto que, sem saber bem como, criou a matriz para a sonoridade pós-punk de cariz minimalista, que ainda hoje é utilizada por bandas devedoras de chorudos royalties pelo simples facto de existirem (olá XX), tudo isto, com um único álbum, editado já após a sua dissolução, a excepção torna-se por demais evidente.
Colossal Youth, o disco que influenciou tanta e tão variada gente, não tem um cabelo branco, continua tão urgente e actual como há trinta e dois anos atrás. Ouvi-lo ao vivo, na íntegra, é sempre um privilégio que não deve ser desperdiçado. Um mimo.
13.10.12
12.10.12
ó filha....
Daughter, trio folkista composto por Elena Tonra, Igor Haefeli e Remi Aguilella, companheiros de equipa de Bon Iver, Ariel Pink e Efterklang (tudo gente em perfeita sintonia) tem em Smother, o belíssimo single editado na semana passada, um lubrificante sonoro mais suave que um rabinho de bebé, contraponto ideal para a melancolia temática que versa sobre a amargura da separação.
farmácia de serviço
11.10.12
Steve Gunn | Passos Manuel | 09-10-2012
A menos que sejam um dos 10 felizardos presentes neste concerto, da próxima vez que alguém se queixar que não se passa nada no Porto, apanha um estalo na cara.
9.10.12
O regresso da loba.
Chelsea Wolfe não é propriamente uma estreante nestas andanças, na verdade tinha já um punhado de edições quando dei por ela no disco tributo aos Strokes que o Stereogum ofereceu à sua habitual clientela, em meados de 2011. O que me levou nesse mesmo ano ao peculiar e sibilino Ἀποκάλυψις, cuja estética de aspirante a extra num filme de Dario Argento terá contribuído para que o disco passasse algo despercebido num ano de farta colheita.
A mesma sorte não terá certamente o novíssimo Unknown Rooms - A Collection Of Acoustic Songs, que sem descaracterizar o som concebido por Wolfe, balança seguro entre a luz e as trevas, numa toada folk de obscura beleza.
7.10.12
Para efeitos práticos ainda é Verão?
Num mundo perfeito estaria a percorrer a Costa Vicentina num velhinho pão de forma, a caminho de um Woodstock à alentejana, para um banho de retrofolkrockelectroworldpop revisto, actualizado e de preferência gratuito.
Num mundo perfeito a máfia cavaquista teria escolhido outro local para arruinar com empreendimentos de legalidade duvidosa e arraiais festivaleiros para groupies dos Morangos e adeptos do tuning.
O melhor é pôr a música bem alto e bater os calcanhares, talvez resulte.
Num mundo perfeito a máfia cavaquista teria escolhido outro local para arruinar com empreendimentos de legalidade duvidosa e arraiais festivaleiros para groupies dos Morangos e adeptos do tuning.
O melhor é pôr a música bem alto e bater os calcanhares, talvez resulte.
Music Lotion Vol.7 (pt.2)
Amália Rodrigues Long Ago And Far Away The Amazing Gentle Stream Andy Burrows Company Angel Olsen The Waiting Bahamas Lost In The Light Beachwood Sparks Forget The Song Beth Orton Something More Beautifu Caveman Easy Water Cheek Mountain Thief Cheek Mountain Chris Cohen Optimist High Dale Earnhardt Jr. Jr. Skeletons Dana Falconberry Lake Charlevoix Dark Dark Dark Tell Me Daughn Gibson In the Beginning Delicate Steve Two Lovers Diagrams Night All Night Efterklang Apples ERAAS Fang Father John Misty Nancy From Now On First Aid Kit The Lion's Roar Gold Leaves The Companion Golden Fable Always Golden Holidays Sands Of Galaxies Jack White Love Interruption jj Beautiful Life Joe McKee Burning Boy Jonathan Wilson Desert Raven Julia Stone Let's Forget All The Things That We Say King Krule Rock Bottom Laura Gibson Skin, Warming Skin Matt Sweeney And Bonnie ‘Prince’ Billy Storm Matthew E. White One Of These Days Mayer Hawthorne Get To Know You Melody's Echo Chamber Crystallized Memoryhouse Pale Blue Michael Kiwanuka I'll Get Along Night Moves Country Queen Norra Kust Spirit Design Ombre Cara Falsa One Little Plane She Was Out in the Water Other Lives For 12 Peaking Lights Hey Sparrow Pond Sorry I Was Under The Sky Poolside Next To You Porcelain Raft Unless You Speak From Your Heart Psychic Ills Mind Daze R. Stevie Moore Pop Music Ripple And Murmur Love Thing Sky Ferriera Everyting Is Embarassing Softlightes Lovers Standard Fare Look for Lust Stars Lights Changing Colour Suckers Leave the Light On Sun River Dawn Patrol Taken By Trees Large Tycho A Walk The Vaccines That Summer Feeling We Have Band Watertight (Acoustic Version) Whistle Peak In A Boat On A Lake White Denim Get Back To Love (Street Joy) Wild Nothing Disappear Alway ML7(pt2)A | ML7(pt2)B | ML7(pt2)C
5.10.12
Norberto na terra dos lobos
Caso estejam nas redondezas não faltem, caso não estejam, aproveitem bem o último feriado de 5 de Outubro e ponham-se a caminho. É que não tem nada a ver, mas este gajo é o novo Carlos Paredes.
Ah, o belíssimo cartaz aqui em cima é da autoria da CC, uma artista muito cá da casa.
2.10.12
Optimist high
Mais perfeita que esta era impossível.
Overgrown Path do multi-instrumentista Chris Cohen, habitual colaborador de Deerhoof, Ariel Pink ou White Magic (entre muitos outros), é uma pérola pop absolutamente viciante, uma verdadeira droga da felicidade de efeito imediato, mais eficaz do que qualquer "especiaria" inalável disponível no mercado, que em doses excessivas pode provocar um estado de optimismo irreversível.
Chris Cohen - Optimist High
farmácia de serviço
27.9.12
Puro deleite
Mais um brilharete de Julianna Barwick, desta feita com um cúmplice de cadastro irrepreensível.
Roberto Carlos (do projecto Helado Negro) fez o convite e Barwick correspondeu, elevando a coisa para lá de todas as expectativas. O resultado pode ser ouvido sob o nome de Ombre, e acaba de sair.
Imperdível.
Famácia de serviço
Roberto Carlos (do projecto Helado Negro) fez o convite e Barwick correspondeu, elevando a coisa para lá de todas as expectativas. O resultado pode ser ouvido sob o nome de Ombre, e acaba de sair.
Imperdível.
Famácia de serviço
Grizzly Bear - Yet Again
Esta canção estava mesmo a pedir um vídeo à altura. Pois aqui está ele.
Ah, e sete pontos para atleta número um.
Ah, e sete pontos para atleta número um.
26.9.12
Paper Bag Ziggy
Já começa a tornar-se uma tradição. De cinco em cinco anos há uma comemoração/reedição/homenagem do álbum que catapultou David Bowie para a estratosfera e lhe garantiu um lugar vitalício no panteão dos rock gods.
Todo o mercantilismo associado é um isco garantido para os que o consideram um dos melhores discos de sempre (ou seja, todas as pessoas com bom gosto), o que já nos levou cá em casa a cometer algumas loucuras bem dispendiosas.
Felizmente esta, para além de bastante apetecível, não custa um tusto. O que é justo.
13.9.12
Born to cover
Laninha, agradece ao senhor.
A arte de pegar numa canção mediana e dar-lhe um ar de clássico instantâneo não é tarefa fácil.
(Já agora, onde é que eu vi aquela inenarrável puffy shirt?...)
Patrick Wolf - Born to Die
A arte de pegar numa canção mediana e dar-lhe um ar de clássico instantâneo não é tarefa fácil.
(Já agora, onde é que eu vi aquela inenarrável puffy shirt?...)
Patrick Wolf - Born to Die
Golden Fable
No caso destes galeses - e porque sou uma presa fácil quando as luzinhas referentes a Cocteau Twins, Nick Drake ou Four Tet piscam na minha base de dados -, inclino-me mais para a primeira hipótese.
"Always Golden", single que antecedeu o álbum de estreia acabado de a sair, é um belíssimo naco de pop etérea de infiltração rápida, pena o vídeo ser uma caca.
Farmácia de serviço
5.9.12
2.9.12
5.8.12
Music Lotion vol.7 (pt.1)
Precisam de um bálsamo contra a poluição sonora que afecta tantas praias e esplanadas?
Pode ser que isto ajude.
E cuidadinho com o sol, mais valem duas melómanas que um melanoma.
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