Farto-me de barafustar contra o oportunismo de bandas inexistentes há décadas, cujo anacrónico e despropositado retorno ao activo, cria um misto de vergonha alheia e desprezo, que nem os bolsos mais recheados de cifrões alguma vez irão justificar.
Mas, claro, há excepções. E quando falamos de um projecto que, sem saber bem como, criou a matriz para a sonoridade pós-punk de cariz minimalista, que ainda hoje é utilizada por bandas devedoras de chorudos royalties pelo simples facto de existirem (olá XX), tudo isto, com um único álbum, editado já após a sua dissolução, a excepção torna-se por demais evidente.
Colossal Youth, o disco que influenciou tanta e tão variada gente, não tem um cabelo branco, continua tão urgente e actual como há trinta e dois anos atrás. Ouvi-lo ao vivo, na íntegra, é sempre um privilégio que não deve ser desperdiçado. Um mimo.
Sem comentários:
Enviar um comentário