15.10.14

Kevin Morby @ Café Au Lait, Porto 08.10.2014

Depois não digam que eu não avisei.


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Já agora, antes de saírem, não se esqueçam de levar isto. Ainda deita fumo.






Farmácia de serviço

7.10.14

Kevintação


Ninguém no seu perfeito juízo iria perder o concerto que Kevin Morby dá amanhã no Café Au Lait, generosamente promovido pela omnipresente Bodyspace. Não só porque é o absolutamente imperdível Kevin "fucking" Morby(!) mas também porque, bem... é de borla. É às 22h e, claro, quem não for é um porco no espeto.




TV on the Radio - Careful You

Há gente que nunca nos vai deixar ficar mal.

The Fiona affair

Eis uma boa notícia: Fiona Apple tem música nova.
Eis uma notícia não tão boa: infelizmente não se trata de um sucessor para o supercalifragilisticexpialidocious (atenção, fôlego) "The Idler Wheel Is Wiser than the Driver of the Screw and Whipping Cords Will Serve You More than Ropes Will Ever Do", mas "apenas" de um tema composto especialmente para o genérico de uma nova série da Showtime intitulada "The Affair", que "explora os efeitos emocionais e psicológicos de uma relação extra-matrimonial, contada separadamente pelos lados masculino e feminino".
Check it out. (é só desligar aquela cruzinha irritante no meio da imagem and your good to go).



Farmácia de serviço

20.9.14

Right never comes



"Woman", o fabuloso álbum de estreia da dupla formada por Milosh e Robin Hannibal continua a rodar cá por casa tão urgentemente como no dia em que saiu. É um daqueles discos perfeitos com todos os temas a funcionarem como candidatos a potenciais singles e pelos quais a predilecção oscila conforme o estado de espírito. Não apetece sequer que tão cedo surja um sucessor, mesmo que à altura.
Mas... este novo tema lançado agora por Milosh - a estrear na digressão outonal dos Rhye - não destoaria nada se tivesse feito parte do alinhamento original do álbum. Nada mesmo.
Rhye never comes?


8.9.14

Extrapolar

Tentar encontrar uma ideia interessante no penúltimo album dos Interpol (e subsequente carreira a solo de Paul Banks), era como tentar agarrar um pedaço de bosta pelo lado limpo.
Já o último "El Pintor" (um anagrama algo forçado para o grafismo tipográfico da capa) tem - pelo menos - cinco! O que faz dele uma "obra-prima" no que toca a bandas cujo principal objectivo é criar um mutante auto-suficiente, através do cruzamento genético entre Joy Division, The Sound e Psychedelic Furs. Afinal não são um caso perdido. Quem diria?



Farmácia de serviço

4.9.14

Mallu, Marcelo e Fred

Por muito lixados ou rezingões que andemos com a vida, é impossível ouvir isto e não acreditar que tudo vai acabar bem. Porque - foda-se - o disco é lindo, o resto virá por arrasto.

Read all about it.

Banda do Mar





Farmácia de serviço

21.6.14

Primeiro dia.

No ano passado we all got lucky, este ano não me parece. Seja como for, esta é a minha música de Verão. Não negociável.

Dan Croll - In / Out


Farmácia de serviço

19.6.14

Perfect match.

Estes dois foram feitos um para o outro. Alguém os devia cruzar.

A enorme versão de "GMF" oferecida por John Grant a um público completamente embevecido no último Primavera Sound, só teve paralelo na surpreendente estreia mundial absoluta da cover que Mark Eitzel testou em Guimarães para um dos maiores temas alguma vez esgalhados pelo poeta budista, Leonard Cohen. Estou a falar de "I'm Your Man", claro.
Ouvir as duas juntas, parece fazer tanto sentido como queijo e marmelada.

 John Grant - "GMF" @ NOS Primavera Sound, Porto 2014

Mark Eitzel - "I'm Your Man" (Leonard Cohen cover)

Podem ver os concertos aqui e aqui.

Preparem-se para o melhor.


17.6.14

"...well, the moon is swimming naked and the summer night is fragrant..."

Revejo o belíssimo filme de Sarah Polley e lembro-me que estou há dois anos à espera que a Feist tenha o bom senso de editar a fabulosa cover de "Closing Time" (Leonard Cohen) criada em exclusivo para a banda sonora. O que não deixa de ser irónico, atendendo à temática (vale a pena ler) do filme...




farmácia de serviço

5.6.14

Caetano é foda.

Já por aqui louvamos devidamente este genial património da humanidade, dedicando-lhe uma semana inteira de posts. Mas agora que o mano Caetano volta ao Porto para encabeçar o paraíso dos melómanos (festival que lhe assenta como uma luva, diga-se de passagem), vale a pena recordar o documentário que celebra os 70 anos do baiano, entre outras variadíssimas coisas (incluindo uma rara entrevista a Mick Jagger), numa espécie de Caetano em formato vídeo-shuffle.
Como diz o outro, "Este Caetano me ha puesto los pelos de punta"




















Sem querer ser chato...

2.6.14

Serralves Em Festa 2104

É incrível como - pelo menos no papel - aquela que ameaçava ser uma das edições menos apelativas deste incontornável festival de artes em versão buffet livre, acabou por se tornar numa das mais interessantes.
A menor quantidade de ofertas imperdíveis em simultâneo, permitiu usufruir calmamente do que realmente valia a pena: "Pindorama" de Lia Rodrigues, Sun Ra Arkestra numa tarde solarenga e a excepcional performance de Jim White acompanhado por George Xylouris e Guy Picciotto (dando som às imagens de Jem Cohen), cada uma delas por si só, compensavam a tortura que é arranjar um lugar para estacionar num domingo à tarde apinhado de gente.







16.4.14

Com três acordes apenas, se escreve a palavra "Youth"

Hoje acordei com uma vontade maluca de ouvir esta música, nesta versão.
A vida é curta. Há que ceder aos impulsos.

Back "To the Top", ou esperamos mais um pouco?



"To The Top", o novo tema de Twin Shadow que abre caminho para o muito aguardado terceiro álbum (ainda em fase de gravação) não desilude ninguém mas também não entraria no top five do disco anterior.  Continua a ir buscar as roupagens à mesma loja de roupa em segunda mão dos anos 80, mas parece ter ido longe demais quando procurava qualquer coisita para vestir o refrão.
Esperemos que o melhor esteja guardado para mais tarde.
Bem mais interessante, é a análise que o próprio George Lewis Jr. faz acerca da letra:

"What is it when you realize that someone isn't right for you? Or when you find that you do not and can not posses someone entirely? You want someone so bad and it feels like hell. It's not like the first time, once loved love evolves, and you no longer have as much control, and it frustrates you. I think because of this feeling we find ourselves constantly wanting to reset, like new years resolutions, like dreaming up moments from the past where the ending flips on its head, like true forgiveness...We just want to say "wait wait wait, this went too far in the wrong direction, can we try that again."

O tema está disponível para download gratuito aqui.

6.4.14

Cícero @ CCVF | Guimarães | 04.04.2014

Cícero, Guimarães, 2014. Foto: hugthedj

Os espectáculos de Cícero em Portugal estão-se a tornar tão frequentes como a necessidade  de não perder nenhum. Podemos ouvir vezes sem conta, com redobrado prazer, as suas gravações "caseiras" generosamente oferecidas para download, mas é ao vivo que a coisa ganha asas e conquista indelevelmente mesmo quem nunca ouviu nenhum dos discos. E quando pelo meio surge uma surpreendente versão de "You Don't Know Me", do deus Caetano, ponto final parágrafo.
Tal como o baiano, Cícero reinventa-se a cada show, a cada interpretação, pondo cada vez mais intensidade na entrega, libertando temas como "Tempo de Pipa" e "Porta Retrato" de todo e qualquer espartilho de estúdio, fazendo-os crescer à nossa frente, para lá do que seria expectável. E pensar que isto é só o começo...



Já agora, não percam esta interessante entrevista. A sério. É uma ordem.

Haim(ing) high

Que é que foi? É domingo...

Haim - If I Could Change Your Mind

4.4.14

Fim de semana em beleza pt 2: Matthew E. White


Quem pensa que Ovar é apenas terra de pão de ló e carnaval está muito enganado.
Há uma equipa de programadores, designers e dinamizadores de um bom gosto irrepreensível, que estão a provocar os ventos de mudança no que se afigura vir a ser uma pequena revolução nas alternativas culturais dos ovarenses (e não só) e que já está a dar frutos. Na semana passada os quatro concertos simultâneos de Peixe-Avião, Lula Pena, Dead Combo e Márcia tiveram uma afluência fora de normal, com bilhetes esgotados há muito e um procura muito acima da oferta. Este sábado é a vez do genial Matthes E. White subir ao palco do Centro de Arte de Ovar (22:00h, 10€), para um concerto (é preciso dizer?) i-m-p-e-r-d-í-v-e-l, onde irá apresentar os estupendos "Big Inner" (2012) e "Outer Face" (2013). Apressem-se enquanto ainda há bilhetes.



Fim de semana em beleza pt 1: Cícero

Cícero, Espinho 2014. Foto: hugthedj

A nata da moderna música popular brasileira, passa pelo "trio eléctrico" composto pelos dois ex-Los Hermanos, Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante e pelo estreante/revelação Cícero, pontas-de-lança fundamentais na criação de futuros clássicos da MPB.
Entre eles há um total de cinco discos, todos imprescindíveis e todos editados nos últimos seis anos.
Rodrigo Amarante esteve há pouco entre nós (acompanhando Devendra Banhart) a apresentar "Cavalo" o seu primeiro disco a solo (indiscutivelmente, um dos melhores do ano) e voltará dentro de dois meses, para a terceira edição do Optimus Primavera Sound.
Marcelo Camelo, que em Janeiro subiu ao palco da CDM para uma curtíssima aparição no concerto da mulher, Mallu Magalhães, reside actualmente em Lisboa e será apenas uma questão de tempo até o podermos ver em palco, a dar vida a "Sou" e "Toque Dela".
Cícero fez muito recentemente a sua estreia portuguesa em Espinho, onde veio promover os excelentes "Sábado" e "Canções de Apartamento" (ambos disponíveis para download gratuito) num concerto a todos os níveis memorável, deixando uma "enorme minoria" sedenta por um retorno a curto prazo, o qual irá acontecer já hoje em Guimarães (CCVF, 23:59h, 4€) e amanhã no Porto (Passos Manuel, 22:30h, 8€), onde certamente se irá repetir a magia que podem confirmar aqui em baixo...



3.4.14

Young & Sick

Enquanto se espera pelo muito aguardado álbum de estreia deste promissor músico de LA, aqui fica um novo single para ir acamando os ouvidos. Synth-pop & RnB com um leve travo a Dirty Projectors. Brilhante.



Já agora...

1.4.14

Primeiros socorros



O anúncio de um novo álbum das manas Söderberg (First Aid Kit)  é como um arco-íris num cinzento dia de chuva. "Stay Gold", sucessor do muito aclamado "The Lion’s Roar", sai a 10 de Junho e já tem um bonito cartão de apresentação que pode ser escutado aqui em baixo.
Será que é desta que vamos ver as meninas por cá?



Há vida no espaço



Os boatos sobre o fim dos Beach House são fortemente exagerados.
O duo tem uma nova música ("Saturn Song") composta para a compilação Space Project, que recolhe uma série de contribuições musicais "construídas à volta de gravações feitas no espaço pelas sondas espaciais Voyager 1 e Voyager 2". Giro. Ouçam mais aqui.

Yumi Zouma


Yumi Zouma é muito mais que a carinha laroca com um nome patusco que a capa retro 70´s do seu esgotadíssimo EP de estreia parece sugerir. Também não é o nome de uma nova aula de fitness.
Na verdade são um trio de amigos neozelandeses (Josh Burgess, Kim Pflaum e Charlie Ryder) com um talento inquestionável para criar formidáveis pedaços de sofisticada dream-pop, que é fácil de ouvir mas difícil de fazer.

Se o single de apresentação "A Long Walk Home for Parted Lovers", já era um verdadeiro doutoramento em como esgalhar a canção pop perfeita, a recente versão criada para "It Feels Good To Be Around You", dos saudosos Air France (com o alto patrocínio do ex-duo sueco), é autêntico veludo para os ouvidos, conseguindo mesmo superar o original. Temos verão.





Farmácia de serviço

28.3.14

Oh, porra! Já me tinha esquecido de como é bom ouvir isto...

Este é um daqueles temas que devia fazer parte de toda a rotina matinal. Logo após o acordar, a seguir a uma boa esfregadela (aos dentes, estou-me a referir aos dentes).

Daughn Gibson - Won't You Climb

27.3.14

Wrecking softball

Um tipo nota que está a ficar velho quando surgem as brancas. E não me estou a referir às capilares mas às mentais, aqueles irritantes apagões no fornecimento energético das sinapses.

Há umas semanas atrás, após o especialíssimo concerto de Damien Jurado em Vigo, a meio de umas merecidas tapas entre amigos, bem regadas com umas estupidamente geladas botellas de Mahon, e a propósito de nada, surgiu a pergunta: "o que é feito daquele norueguês de que gostávamos tanto no início da década passada e que chegamos a ver no Festival Para Gente Sentada (quando era um festival imperdível)? Aquele que cantava a Sleeep On Needles, aquele...como é que se chama, o...o....". Branca colectiva.

Alguém acabou, a custo, por se lembrar do nome do homem -Sondre Lerche - e todos concluímos que a razão do apagão se deveu ao gradual desinteresse pela sua esterilizada americanização e não à quantidade de cervejas entretanto ingeridas.

Fast forward para casa e toca a googlar o moço para espiar as suas recentes actividades musicais. Fui recompensado com (entre outras) esta fantástica surpresa aqui em baixo. O que - tacharam! - me obriga a escrever pela primeira vez neste blogue o nome daquela menina que usa a língua para oferecer exames gratuitos à próstata, sem necessidade de recorrer a anestesia.

Sondre Lerche - "Wrecking Ball" (Miley Cyrus Cover)


Farmácia de serviço via stereogum


Iogurte grego

De olhos postos no verão, aqui fica um agradável piscar de olho (para não lhe chamar pastiche) aos Washed Out na cama com Atlas Sound, incluído em "Evergreen", álbum de estreia da banda ateniense Plastic Flowers.
A flor mais viçosa é a número 3 ("Summertime Pop"). Podem colhê-la aqui em baixo.



Farmácia de serviço

VA - A Psych Tribute to the Doors

As portas da percepção acabam de levar uma camada de verniz psicadélico que não lhes fica nada mal.




Farmácia de serviço

26.3.14

Timber Timbre - Hot Dreams

Então há um novo Timber Timbre e ninguém me dizia nada?



Farmácia de serviço

Vai uma rapidinha?


Se há coisa que ninguém pode acusar Tony Molina é de falta de concisão. Em menos de 15 minutos (12 para ser exacto), consegue despachar um álbum com uma dúzia de petardos power pop, perfeitamente acabados, extremamente viciantes e curtos o suficiente para nos deixar a salivar por mais. O que nos leva a carregar no play repetidas vezes, ultrapassando largamente o tempo dedicado a muitos álbuns que rolam dentro do tempo regulamentar.  Neste caso o tamanho realmente não importa mas sim o que se faz com ele.
"Dississed And Dismissed" teve a sua primeira (e esgotadíssima) edição em cassete antes de ser recuperado para uma meritória prensagem em vinil, devido ao enorme culto que entretanto gerou. Pelo meio surgiu ainda um EP de seis temas, esclarecedoramente intitulado "Six Tracks EP" de onde consta a fantástica "Breakin' Up" (ouvir em baixo), que parece emular um Albert Hammond, Jr. possuído pelo fantasma do Phil Lynott em euforia descontrolada.
E aguarda-se novo álbum para breve....

Agora toca a garimpar o maior número de rodelas de vinil que possam encontrar, que este moço, como se diz na terra dele, "It's a keeper!"





Farmácia de serviço

23.3.14

À flor da pele


"Some Were Meant For Sea" (2011), o excelente álbum de estreia da neo-zelandesa Hollie Fullbrook (Tiny Ruins) destacou-a claramente da vaga genérica de cantautoras folk de teor intimista em modo copy/paste, que nos últimos anos parecem brotar como sensaborões cogumelos de estufa.
No ano passado seguiu-se-lhe "Haunts", míni álbum gravado anteriormente ao longa duração mas igualmente surpreendente, principalmente se atendermos ao facto de os verdes anos da autora à altura da gravação não exercerem qualquer limitação às suas capacidades melódicas e poéticas.
Agora surge finalmente "Brightly Painted One" o aguardado segundo álbum e a confirmação absoluta de que tudo não passou de um amor passageiro, mas um caso sério de maturidade artística e um valor seguro, com um futuro brilhante.




Farmácia de serviço 1 | 2

Filho da Mãe | Auditório de Espinho | 21.03.2014

Filho da Mãe (nome de guerra do guitarrista Rui Carvalho) é dono de um virtuosismo tempestuoso, que em palco se traduz numa energia tensa, com arremessos de beleza e força bruta em doses imprevisíveis, tratando a guitarra como um Norberto Lobo bipolar, torturando-a até ao limite, obrigando-a soltar sons de uma criatividade quase esquizofrénica, da qual é impossível desviar os olhos e os ouvidos. Se há concertos em que a presença física é insubstituível por qualquer captação de vídeo ou áudio, ou por qualquer relato entusiasmado, este é um deles. O único problema, para aqueles que se entretêm em dedilhar umas coisitas mal-amanhadas, é depois chegar a casa e reprimir a vontade de partir a guitarra em mil pedaços, perante as óbvias limitações. Ou não...

13.3.14

Posse - Soft Opening


São raros os temas que, passados os segundos iniciais da primeira audição, nos transportam para um lugar familiar a que musicalmente chamamos casa e nos fazem pensar como é realmente linda a puta da vida, quando embriagada pela canção pop perfeita.

Soft Opening, álbum de estreia dos Posse, duo formado por Paul Wittmann-Todd e Sacha Maxim (que segundo consta, se conheceram num bar lésbico), tem doses generosas de Real Estate, Sonic Youth e Pavement a correr-lhe nas veias, sem que isso o impeça de ter uma personalidade muito própria, vincada pela simplicidade e deslumbramento do que deve ser o indie rock no seu estado mais puro. 
Um tentador investimento a longo prazo.



Hundred Waters


Quem delirou com as geniais piruetas melódicas contidas no album homónimo deste fabuloso quinteto da Florida, capazes de levar ao êxtase sonoro o mais sisudo dos duros de ouvido, tem agora motivos para salivar compulsivamente em antecipação pela chegado no novo LP, com saída prevista para 27 de Maio. A avaliar pelas amostras entretanto disponibilizadas, vai ser mais uma para a lista de rodelas em movimento perpétuo.



)

Tame Impala - Stranger In Moscow

Este verão promete (musicalmente, pelo menos). Bom demais.

11.3.14



Diz o ditado que não se deve julgar um livro pela capa. Presumo que por essa lógica, não se possa julgar um álbum pelo single. Que se lixe. "Holy City", o 7" que antecede "The Classic", o novíssimo LP de Joan As Police Woman, tem tudo para superar as expectativas ligeiramente defraudadas com o anterior trabalho da canadiana, transportando uma alegria contagiante através de um ritmo electrizante, uma festiva secção de metais cirurgicamente colocada e um refrão portentoso que se cola aos ouvidos como super cola 3.

)

Em caso de dúvida, basta ouvir a fantástica "Get Direct" uma pequena maravilha soul que cresce a cada audição com o seu ritmo dengoso, o arrepiante crescendo de cordas sublinhado por um aveludado piano eléctrico e o falsete extra sexy a evocar "Sexual Healing", do saudoso Marvin Gaye.
Stuck on repeat.

Farmácia de serviço

6.3.14

uhhhhh.... you got what I need....

Já por aqui havia chamado a atenção para uma divertida versão da involuntariamente hilariante "Just A Friend" do one hit wonder Biz Markie, um daqueles impagáveis cromos do hip hop que surgiam nos anos 80 numa cadência vertiginosa. A música teve um segundo fôlego com a sua inclusão na banda sonora do filme "A good Old Fashioned Orgy" (2011), realizado e interpretado pelo cool as fuck Jason Sudeikis.

Mas esta vestimenta recentemente criada por David Byrne (num evento relacionado com a questão da inexistência de royalties para os interpretes não autores nas emissões de rádio terrestres) é outra coisa!

5.3.14

Lost Cash


Se as palavras lost album, Johnny Cash e Elvis Costello não forem motivo suficiente para afiarem as garras de contentamento à procura da presa, é porque há algo de errado convosco.

A presa neste caso é "Out Among The Stars", um "álbum perdido" de Johnny Cash, composto por doze inéditos, com lançamento previsto para o final do mês. O primeiro single, misturado por Elvis Costello e com direito a uma apetecível edição em sete polegadas (mnham!), é o tema "She Used To Love Me A Lot",  uma daquelas cheesy love songs típicas da country music não alternativa, que se acompanha com um sorriso trocista e um trago de whiskey.

Esta é a boa notícia. A menos boa é que as doze canções reportam-se ao período menos recomendável do venerável senhor, o início da década de 80, o que pode fazer com que tudo não passe de uma bela oportunidade para continuar a mungir esta rentável...cash cow.

)


My Sharon(a)


Óh mundo cruel! Porque é que Primavera Sound de Barcelona é tãaao egoísta?
O novo álbum de Sharon Van Etten, "We Are There", sai a 27 de Maio, o que significa que os lucky bastards que se deslocarem a Barcelona dia 5 desse mês, vão poder ouvi-lo ao vivo em primeira mão, enquanto nós, mais uma vez, ficamos a chuchar no dedo. Tá mal.

3.3.14

Lorde Springsteen

The old boss tem andado por terras de down under a divertir-se à brava com os nativos, surpreendendo-os com inesperadas (e por vezes inspiradas) covers de temas cujo êxito ultrapassou em larga escala o sucesso local.
Podem vê-lo no vídeo que se segue - captado na Nova Zelândia - a pegar em Royals (Lorde) e a transformá-la num épico a la Bruce, que poderia muito bem ter feito parte das sobras de Nebraska.

Presumivelmente, ter-lhe-á tomado o gosto com as brincadeiras iniciadas no programa de Jimmy Fallon, onde é visível o gozo com que se dedica à auto paródia (ver em baixo).





Mais aqui, aqui, aquiaqui.

2.3.14

Qual é o teu Resnais favorito?

Alain Resnais, um dos mais geniais e negligenciados realizadores franceses, faleceu ontem aos 91 anos em Paris. Provavelmente tarde demais para as homenagens de última hora enfiadas nos discursos dos Óscares, logo à noite. O melhor será mesmo verem antes o Resnais das vossas vidas.

21.2.14

Se conduzir não ouça.

Ron Sexsmith - Brandy Alexander (live @Woodshed, 2008)


Nada como a doce satisfação dos prazeres imediatos. Porque a cabeça também precisa de badochices (e não me estou a referir ao Ron, claro, por muito sexsmith que seja...).

Real Estate - How to play... Crime

Ah! Assim dá gosto!

17.2.14

Mø fun


Há um ano atrás, chamei aqui a atenção para o primeiro EP da dinamarquesa Karen Marie Ørsted, dona de um vozeirão feito à medida para carimbar hits de verão com o selo de qualidade da synth-pop nórdica. Agora chega a vez do primeiro álbum, "No Mythologies to Follow", que será editado dia 24 deste mês, podendo já ser testado (parcialmente) aqui. Mas antes disso, apreciem o toque de magia capaz de transformar um naco de bosta numa pepita de ouro, com um facilidade do caraças.
O resultado é esta muito bem esgalhada cover de "Say You’ll Be There" das inenarráveis Spice Girls, ex-rainhas do pimpa power adolescente.




11.2.14

Her


O novo filme de Spike Jonze lança um olhar melancólico e algo sombrio sobre a solidão e as relações amorosas na era digital (na realidade, um tema transversal a qualquer época). filtrado pelo surrealismo subtil que é a imagem de marca do realizador. Possui a beleza etérea de "Lost In Translation" (de Sofia Coppola) com o qual partilha ainda o contributo vocal (mas que voz!) de uma Scarlett Johansen em estado de graça, e tem na banda sonora, a cargo dos Arcade Fire e Owen Pallett, uma das forças motoras do filme, acabando por fazer - literalmente - parte integrante da história. Imperdível.



Farmácia de serviço: filme | disco

Gretchen Lohse



Gretchen Lohse, americana originária da Filadélfia, com nome de personagem de um conto de Hans Christian Anderson, não é propriamente uma novata no meio musical da sua terra natal. A atenção despertada pelo do seu trabalho como vocalista/instrumentista nos psych-folkers Yellow Humphery, há muito que pedia um brilharete a solo. No entanto a longa espera só agora teve um final feliz, com a recente edição de "Primal Rumble", álbum inspirado por - Gretchen dixit - "folclore e filmes mudos".
Ouvindo "All Around The River" o harmonioso tema de abertura, "Rings", a cereja no centro do disco, ou a Drakeana "The Role Of Rabbits", podem colocar a questão: será que o mundo precisava realmente de outra Alela Diane, ainda que mais suave e adocicada? Estão doidos? Claro que sim, A oferta é escassa e ainda há tanta vaga para preencher...


Após a edição do álbum, miss Gretchen já lançou mais uma pérola em forma de cover, o tema "Walking On Air", da banda sonora do muito amado clássico de animação "The Snowman", cujo download gratuito pode ser feito aqui.

1.2.14

Julie Byrne – Rooms With Walls and Windows



O fingerpicking de Julie Byrne é por si só uma pequena maravilha. Mas as canções que alicerça, espaçosas e espartanas, conduzidas por uma voz melodiosa de uma beleza quase nostálgica e intemporal, tornam este disco num precioso objecto de culto.





Farmácia de serviço

14.1.14

Yes!


Esqueçam a bola de ouro do CR7. Isto sim, é motivo para correr nú pelas ruas da cidade. Os nossos muito amados Real Estate têm novo album na calha ("Atlas"), e o single de apresentação," Talking Backwards", garante à partida que todas os ingredientes que fazem desta banda uma espécie de upgrade multicolor dos saudosos Felt continuam fresquinhos. Enquanto esperamos...



(Farmácia de serviço em breve)

12.1.14

Warpaint


Com uma capa destas, o recheio só podia ser excelente. Deleitem-se e aproveitem para recordar a primeira passagem das meninas por Portugal, ainda antes do lançamento do primeiro album, em 2010.
Warpaint @ Festival Curvo, Teatro Aveirense, Aveiro 28-05-10 from hug the dj on Vimeo.


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11.1.14

Esta menina vale ouro.

Angie Olsen - Burn Your fire For No Witness


O segundo tomo da futura diva indie-folk é de uma beleza impressionante. Quem há dois anos apostou tudo em "Half Way Home" como sendo uma das estreias mais brilhantes da década, pode agora colher os chorudos dividendos.




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