No final de cada concerto, os dotes vocais de Josephine Foster costumam motivar comentários jocosos entre os que garantem ter desafinado o tempo todo e os que afirmam exactamente o contrário.
No entanto, todos concordam numa coisa, é a sua forma de cantar tão peculiar, como uma soprano com síndrome de insuficiência tonal, que faz dos seus concertos momentos únicos e inesquecíveis. Claro que ter uma banda maleável às flutuações harmónicas da vocalista e contar (literalmente) a tempo inteiro com o contorcionismo melódico de um guitarrista hiperactivo também ajuda. Isso e um reportório imaculado, neste caso, a incidir especialmente no fabuloso Blood Rushing, álbum recentemente editado, de onde foram retiradas nove deliciosas fatias (excluindo apenas "Sacred Is The Star"), com tempo ainda para um desvio até "This Coming Gladness" com "The Garden Of Earthly Delightts" e para uma pequena homenagem aos colegas Cherry Blossoms com uma versão de "Amazing Stars", terminando com a cereja no topo do bolo, a interpretação de "Mother Nature Is The Holliest " à boca do palco, apenas com um bombo e uma pandeireta, em jeito de pow-wow, invocando um dos fortes motivo de inspiração para Foster, que desde cedo se interessou profundamente pela cultura nativo-americana.
2 comentários:
pow-wower.
...to Foster the people!
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