13.5.08
The National, Aula Magna - 11/05/08
Com o solene espaço da Aula Magana esgotado há meses, os National apresentaram-se pela terceira vez em território nacional para o aguardado primeiro concerto em nome próprio (cortesia da Optimus), ganhando assim alguma rodagem para a tournée que se avizinha.
Em boa altura o fizeram, o recente e monumental "Boxer", uns furos acima da sua - já de si bastante recomendável - produção anterior, revela uma banda no seu auge, que finalmente parece ter alcançado todo o seu potencial.
Perante um público maioritariamente preenchido por fãs sedentos e ferrenhos - capazes de identificar qualquer música aos primeiros acordes -, estava garantida à partida uma recepção calorosa, independentemente da entrega ou alinhamento seguidos pela banda.
Decidiram entrar a matar, soltando boa parte dos foguetes no início da festa, com um poderoso trio composto por "Brainy", "Secret Meeting" e "Mistaken For Strangers", atingindo assim, logo no ínicio, um clímax normalmente reservado para finais de concerto. O momento seguinte, com Matt Berniger (sempre bastante comunicativo) a pedir para baixarem as luzes, foi mais intimista, mas não menos intenso, "Baby We‘ll Be Fine" e "Show Show" ajudaram a manter o estado de graça, perante um público cada vez mais entusiasmado.
"Squalar Victória", numa interpretação memorável, criou um clima muito Arcade Fire, com o efusivo sexto elemento da banda (Padma Bewsom), a desdobrar-se entre o violino, a pandeireta e o piano, ajudado por um dos manos Dressner.
Seguiram-se "Abel", "Wasp Nest" (desfalcado da prometida secção de metais), "Racing Like A Dog" e "Ada", que vieram acalmar um pouco os ânimos até à chegada de "Apartment Story", tema amplamente comparticipado pelos presentes, precedendo "Daughters Of The Soho Riots", que ensaiou o final do concerto. Por esta altura já muita gente fazia contas à vida, tentando adivinhar quais, dentro dos temas em falta, os que poderiam ainda chegar no encore.
O retorno fez-se com inevitável "Fake Empire" - em novo coro colectivo -, logo seguido por "Start War" (uma espiral de excitação), começando assim a contagem decrescente. Após o belíssimo "Green Gloves", acontece aquele que, para muitos, foi o momento mais empolgante da noite: Matt Berniger, destemido, desata a galgar as doutorais até onde o fio do microfone lhe permite chegar, berrando a plenos pulmões o refrão de "Mr. November", amparado pela assistência.
"Gospel" e "About A Day" (numa versão prolongada e improvisada) encerraram calmamente uma noite bastante aprazível para ambas as partes. A satisfação estampada no rosto de Berniger enquanto distribuia autógrafos no hall de entrada não deixou margem para dúvidas.
Dia 18 de Julho em Guimarães, voltamos a pintar a manta.
"Fake Empire"
Mais aqui.
(Z)
6 comentários:
:)
foi uma bela noite sem duvida.
O Manta tb me começa a soar como bela sugestão em alternativa ao Alive...
hmm
O espaço é bem mais agradável, põe-se uma mantita no chão e tal....
Além disso vai dar para Matt fazer uns trocadilhos acerca da fundação da nação.
:)
Tenho um desafio a fazer-te aqui. Espero que aceites ;)
Excelente! Hajam mais assim. Já comprei bilhete para Guimarães.
Uma vez que não disponibilizaste um endereço de e-mail, permite-me que use a tua caixa de comentários para ter convidar a aparecer amanhã (sexta 16 Maio) no Mercedes, onde estarei a cruzar uns discos. Abraço!
tchh, magoonífico... vai ser difícil chegarmos a um consenso (já que somos 2), mas vamos tentar!
puto já estão à venda? temos de tratar disso. e duma manta bem grande!
amanhã rumamos a Famalicão p ver o John Cale mas se der, depois damos um salto ao Mercedes.
hugs
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