29.6.12
Savages
Doze anos seguidos de revivalismo pós-punk já começam a saturar. Cada vez que ouço alguém a pilhar mais uma linha de baixo aos Gang Of Four, martelar a torto e a direito numa cowbell ou picar as cordas da guitarra com os harmônicos da praxe, procuro ter um balde de vómito por perto.
Mas, como musicalmente sou pior que o Mr. Creosote, há sempre lugar para mais uma pastilhita de menta. E esta por acaso até é bem refrescante.
Mas, como musicalmente sou pior que o Mr. Creosote, há sempre lugar para mais uma pastilhita de menta. E esta por acaso até é bem refrescante.
A rodela, um duplo lado A de 7" em edição limitada, pode ser encomendada aqui. Apressem-se os interessados porque deve esgotar num ápice.
27.6.12
Who's a friend of Virginia Astley?
Julia Holter live @ Centro Cultural Vila Flor, Guimarães 26-06-2012
Passei grande parte do concerto de ontem a matutar na pergunta que me surgiu logo após a primeira audição de Ekstasis: por que raio é que eu gosto particularmente disto?
Um disco preenchido por bizarras melodias, envoltas em camadas de vocalizações e teclados carregados de reverberação, não é propriamente a receita indicada para a adesão imediata.
Mas quando a proximidade à leveza pop das Au Revoir Simone ("In the Same Room") abre caminho para a erudição que pisca o olho a Laurie Anderson ("Boy in the Room"), tudo parece fazer o mais perfeito sentido, com a estranheza a dar lugar à sedução.
A resposta para a minha questão surgiu numa inspirada versão de "Moni Mon Ami" tocada em piano de cauda, num arranjo que manda às urtigas a atmosfera etérea do original. É ao vivo que estas músicas ganham uma dimensão mais encorpada, despidas de alguns dos artifícios de estúdio que as caracterizam e com o piano, bateria e violoncelo a criarem arranjos cuja beleza simples e directa sugere alguma familiaridade com o universo de Virginia Astley. E...bingo, é isso! Nós gostamos sempre do que nos é familiar, e horas incontáveis a gastar as estrias do "From Gardens Where We Feel Secure" tinham que deixar as suas consequências.
Nota positiva para o pequeno auditório do CCVF no que toca a luz, som e visibilidade.
Nota muito positiva para a excelente programação que Rui Torrinha tem vindo a apresentar.
Nota negativa para a política retrógrada de proibição de registo de imagens, com o olhar patrulhador dos assistentes de sala a fazer-nos sentir como se estivéssemos em Alcatraz a tentar desviar talheres do refeitório. É a disseminação de informação audio-visual, com a total concordância dos visados, que faz com que concertos como este - que de outra forma estariam às moscas - tenham lotação esgotada. São locais públicos, pagos com o dinheiro dos contribuintes, e acreditem, meia dúzia de fotografias não vão roubar a alma aos artistas.
Passei grande parte do concerto de ontem a matutar na pergunta que me surgiu logo após a primeira audição de Ekstasis: por que raio é que eu gosto particularmente disto?
Um disco preenchido por bizarras melodias, envoltas em camadas de vocalizações e teclados carregados de reverberação, não é propriamente a receita indicada para a adesão imediata.
Mas quando a proximidade à leveza pop das Au Revoir Simone ("In the Same Room") abre caminho para a erudição que pisca o olho a Laurie Anderson ("Boy in the Room"), tudo parece fazer o mais perfeito sentido, com a estranheza a dar lugar à sedução.
A resposta para a minha questão surgiu numa inspirada versão de "Moni Mon Ami" tocada em piano de cauda, num arranjo que manda às urtigas a atmosfera etérea do original. É ao vivo que estas músicas ganham uma dimensão mais encorpada, despidas de alguns dos artifícios de estúdio que as caracterizam e com o piano, bateria e violoncelo a criarem arranjos cuja beleza simples e directa sugere alguma familiaridade com o universo de Virginia Astley. E...bingo, é isso! Nós gostamos sempre do que nos é familiar, e horas incontáveis a gastar as estrias do "From Gardens Where We Feel Secure" tinham que deixar as suas consequências.
Nota positiva para o pequeno auditório do CCVF no que toca a luz, som e visibilidade.
Nota muito positiva para a excelente programação que Rui Torrinha tem vindo a apresentar.
Nota negativa para a política retrógrada de proibição de registo de imagens, com o olhar patrulhador dos assistentes de sala a fazer-nos sentir como se estivéssemos em Alcatraz a tentar desviar talheres do refeitório. É a disseminação de informação audio-visual, com a total concordância dos visados, que faz com que concertos como este - que de outra forma estariam às moscas - tenham lotação esgotada. São locais públicos, pagos com o dinheiro dos contribuintes, e acreditem, meia dúzia de fotografias não vão roubar a alma aos artistas.
25.6.12
Josh T Pearson @ Casa Das Artes De Famalicão, 23-06-2012
"Woman When I've Raised Hell"
"Sorry With A Song"
"Country Dumb"
"Thou Art Loosed"
17.6.12
Após inúmeras tentativas para fazer com que Fiona Apple voltasse a gravar um disco, a solução acabou por ser a mesma do sempre: tirar-lhe a medicação, fechá-la num estúdio com paredes almofadadas, enfiar-lhe o polvo Paulo na cabeça como chapéu pensador e esperar pelo resultado.
Farmácia de serviço.
Farmácia de serviço.
16.6.12
America's Got Talent
Se John Peña não era visto como uma das veias criativas mais pulsantes nos veraneantes Beach Fossils (projecto iniciado por Dustin Payseur, ao qual Peña posteriormente se juntou como baixista), possivelmente irá passar a sê-lo, tendo em conta a qualidade dos trabalhos que, sob o nome Heavenly Beat, tem vindo a editar. O próximo sai em Julho e a amostra aqui em baixo é de fazer crescer água na boca.
Agora, chamar talento a isto é um bocadinho redundante, não?
Agora, chamar talento a isto é um bocadinho redundante, não?
15.6.12
Muita calma
Ah, Bahamas! Era gajo para me pisgar para lá até terminar a pré-silly season que é o Erro 2012.
Isto, claro, se tivesse um saldo simpático e não fosse alérgico a autocarros voadores. Quanto a este ponto, podia sempre tentar relaxar ao som de Barchords, segundo álbum do canadiano Afie Jurvanen (aka Bahamas), que por esta altura deve estar muito dividido quanto a continuar como guitarrista de serviço da conterrânea Feist, ou apostar tudo numa carreira a solo que se adivinha prometedora.
O meu conselho? Feist à estrada.
Farmácia de serviço.
Isto, claro, se tivesse um saldo simpático e não fosse alérgico a autocarros voadores. Quanto a este ponto, podia sempre tentar relaxar ao som de Barchords, segundo álbum do canadiano Afie Jurvanen (aka Bahamas), que por esta altura deve estar muito dividido quanto a continuar como guitarrista de serviço da conterrânea Feist, ou apostar tudo numa carreira a solo que se adivinha prometedora.
O meu conselho? Feist à estrada.
Farmácia de serviço.
14.6.12
O (des)amor é lindo.
Download:
Matthew E. White – “One of These Days”
Um isco irresistível para todos os coleccionadores de rodelas pretas.
Aqui.
Who made what?
Thomas Barfod. Baterista dos Who Made Who. Quis fazer um brilharete e não se saiu nada mal.
Caged Animals
Todos os anos é isto, mal o calor aperta começam as musiquinhas laretas a brotar por todo o lado.
Wich is nice.
Wich is nice.
13.6.12
Jens a caminho?
Parece que é desta. A secção "cusquices" no site oficial do nosso sueco favorito, anuncia para início de Setembro o lançamento do quarto álbum de Jens Lekman (com direito a uma reveladora entrevista na Pitchfork).
A coisa tem tudo para dar certo. Aqui fica um argumento de peso.
A coisa tem tudo para dar certo. Aqui fica um argumento de peso.
12.6.12
Kindness - (full concert) @ Optimus Primavera Sound 2012
"Cyan"
"Doigsong"
"Swinging Party"
"Bombastic"
"Gee Up"
"That´s Alright"
"House" (just the end)
"Gabriel"
11.6.12
Kings of Convenience @ Optimus Primavera Sound 2012
"Cayman Islands"
"Me In You"
"I Don't Know What I Can Save You From"
"Mrs. Cold"
"I'd Rather Dance With You"
"24-25"
"Know-How"
Rufus Wainwright @ Optimus Primavera Sound 2012
"April Fools"
"The One You Love"
"Perfect Man"
"Montauk"
"14th Street"
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