31.5.07

Andrew Bird, Coimbra, 30-05-07



Andrew Bird
parece não se importar com as conotações homem-pássaro que foi coleccionando ao longo da sua carreira, primeiro pela associação óbvia com o seu apelido, depois por ser perito na soberba arte de bem assobiar - quando Bird assobia, parece que um novo instrumento se materializa em palco - tal qual Theremin.
O virtuoso multi-instrumentista que dispensa perfeitamente uma banda de apoio (como pudemos constatar na sua 1ª visita a Portugal em 2005), desta vez fez-se acompanhar em palco por dois músicos: Martin Dosh nas teclas e bateria e Jeremy Ylvisaker no baixo e guitarra (ambos membros dos Fog). Martin, que também grava a solo sob o nome "Dosh" editou, no ano passado, o interessantíssimo "The Lost Take" (disco de electrónica onde também participa Andrew Bird) e abriu o concerto com suaves texturas ambientais, servindo de entrada ao prato principal.
Andrew Bird deu início às hostilidades com "Fake Palindromes", descalçou-se (confirmou-se a sua predilecção por meias às riscas), atirando-se em seguida a "Fiery Crash", " Measuring Cup" e "Nervous Tic Motion...". As sublimes melodias foram-se sucedendo, compostas por camadas de violino (que ia gravando no looping pedal) tocado com o arco ou mesmo dedilhado, como se de um cavaquinho se tratásse - às tantas já todos voávamos por cima dos loops.
A guitarra eléctrica ou o xilofone completaram o quadro juntando-se à voz de estorninho já por demais comparada a Rufus W. ou a Jeff Buckley.
Armchair Apocrypha, o último álbum, não foi, felizmente, o único a figurar no alinhamento deixando espaço para as canções menos electrónicas e mais melódicas de trabalhos anteriores e para momentos de um refinado sentido de humor, como a rábula dos sock monkeys que fez questão de nos apresentar e a pequena performance, já no encore e a sós com o seu violino, em que recriou a sua participação num show infantil, aproveitando para aconselhar: "music is fun, you should try it".
A noite terminou em clima de festa com "The Happy Birthday Song" (que disse não tocar há mais de 2 anos), dedicada à Francisca(o) - não fazemos a menor ideia quem seja, mas presumimos que faça parte da organização...


(Z&C)

Caribou













Aviso: quem gostou do "Milk Of Human Kindness", vai delirar com este "Andorra", o novo trabalho dos Caribou. O que não falta neste disco é melodia, a base sólida de onde se parte para o aparente caos de influências psicadélicas com requintes de Motown. O matemático Dan Snaith (ex Manitoba) consegue unir uma data de pontos que sozinhos não fariam sentido, mas juntos revelam a big picture que é este extraordinário álbum.

Caribou - Melody day
Caribou - Sandy
Caribou - After Hours
Caribou - She's The One via goagrejor
Caribou - Desiree
Caribou - Eli
Caribou - Sundialing
Caribou - Irene
Caribou - Niobe

(Z)

Robert Glasper - In My Element























Grande, grande álbum, este segundo disco de Robert Glasper para a Blue Note.
Impossível resistir ao talento transbordante deste brilhante pianista que une virtuosismo, imaginação e subtileza em dose iguais, num registo próximo de Brad Mehldau, em versão revista e aumentada.
Jazz, até para quem não gosta de jazz.

Robert Glasper - Maiden voyage/everything in its right place via sand-is-overrated

Robert Glasper -
J Dillalude via feedmegoodtunes

(Z)

30.5.07

Kelley Polar


Mike Kelley, mais conhecido por Kelley Polar está, finalmente, a gravar novo álbum. Desde o Love Songs Of The Hanging Gardens de 2005 que aguardávamos novidades da sua electro-pop inteligente.
Kelley garante que o novo trabalho é uma espécie de irmão gémeo demoníaco do anterior. Chamar-se-á I Need You to Hold On While The Sky is Falling (lindo!) e será mais denso e com canções mais curtas - o equivalente, Polar dixit, aos míticos filmes de ficção científica, com milhões de efeitos especiais por minuto e vocais mais elaborados.
Para nos sossegar o espírito e preparar para o que aí vem, Kelley acaba de lançar o EP, Chrysanthemum - três temas que balançam, com uma sensibilidade e beleza únicas, entre a tranquilidade e a euforia.


Kelley Polar - Rosenband - Magic Tim's Instrumental Version (@to-here-knows-when.co.uk)

Kelley Polar -
Chrysanthemum


Kelley Polar @myspace

(C)

29.5.07

You Only Live Once



(C)

Olhó passarinho



Como amanhã é dia de Andrew Bird em Coimbra, aqui ficam algumas raridades para irmos fazendo o aquecimento:












A primeira, "The Ballad Of The Red Shoes", é um disco de 2002 feito em colaboração com a mãe (serigrafista), a qual criou o artwork, tendo desenvolvido para o efeito uma série de imagens dobradas em forma de acordeão, guardadas dentro de uma capa estampada e pintada à mão. A edição original (já esgotada) foi agora substituída por uma menos luxuosa, mantendo no entanto todas as imagens, e contendo 12 curtos e belos instrumentais para violino.
A segunda é o volume 2 dos já tradicionais "Fingerlings", discos gravados ao vivo, que o músico costuma ter à venda nos seus concertos. Este foi comprado aquando da tournée do “The Mysterious Production of Eggs”, que passou por Famalicão em 2005. As versões ao vivo ganham vida nova (superando por vezes os próprios originais), e quarta à noite, em princípio, estará á venda o volume 3.
Por fim, aqui fica uma idéia de como poderá ser o concerto amanhã.

(Z)

O terceiro tiro


Hoje de manhã, enquanto espreitava as montras à procura de novidades, qual não foi o meu espanto quando deparei com este artigo em promoção. Trata-se do novíssimo "Place Like This" dos Architecture In Helsinki, com lançamento previsto para 7 de Agosto (apenas uma semana antes da sua passagem por Paredes de Coura). Parece que ao terceiro álbum, os australianos continuam a não demonstrar qualquer tipo de cansaço ou acomodamento criativo, acertando mais uma vez na mouche.

Place Like This:
Red Turned White
Heart It Races via neileslife
Hold Music
Feather In A Baseball Cap
Underwater
Like It Or Not
Debbie
Lazy (Lazy)
Nothing's Wrong
Same Old Innocence


O EP de Heart It Races contém ainda esta fantástica versão, feita pelos compatriotas Soft Tigers:
Soft Tigers - Heart It Races (Architecture In Helsinki Cover) via artsnobsolutions

E para rematar, aqui fica mais uma óptima versão:
Dr. Dog - Heart it Races via hearya


(Z)

Immaculate Machine






















Fables é o novo álbum dos Immaculate Machine. Rodará a 12 de Junho via Mint Records e à semelhança de toda a anterior discografia, apresenta uma capa fabulosa.
O LP conta com produção de Colin Stewart (Black Mountain, Pretty Girls Make Graves) e John Collins / Dave Carswell (New Pornographers, Tegan & Sara) e, ainda, com a preciosa colaboração de Owen Pallett (Final Fantasy) e o back-up vocal de Alex Kapranos (Franz Ferdinand) e dos The Cribs.
As fábulas deste disco contam histórias de viagens acompanhadas por melodias não-convencionais e altamente criativas. Não se degusta inteiramente à primeira escutadela, deixando algumas surpresas para saborear mais tarde.
Aclamados pelas magníficas performances ao vivo, os Immaculate Machine inspiraram-se, curiosamente, num tema de Paul Simon para a criação do nome da banda. As influências musicais do trio são inumeráveis - cresceram com o grunge e o punk, mas desenvolveram um insaciável apetite por todos os tipos de música, nova ou antiga, dando especial ênfase a música que torne divertidas as mensagens de teor político.
Brooke Galupe (voz/guitarra), Kathryn Calder (voz/teclas - também colabora com os New Pornographers) e Luke Kozlowski são uma máquina musical indispensável em qualquer lar.
É só ligar à corrente.

Immaculate Machine - Phone Nº
Immaculate Machine - Broken Ship

Concerto aqui.

(C)

28.5.07

Slagsmålsklubben

Para além de terem um nome impronunciável e de serem uma das mais divertidas sinth-bands do momento, estes tipos têm uns vídeos bem catitas.
São...são....ora deixa cá ver...ah, suecos. Pois.

Slagsmålsklubben - His morning promenade

Slagsmålsklubben - Malmö Beach Night Party


(Z)

Queens of the Stone Age - Era Vulgaris























O último trabalho dos QOTSA já está disponível no dispensário digital, para quem se der ao trabalho de procurar.
As primeiras audições parecem indicar que a realeza troglodita não amoleceu com a idade, continuando capaz de conduzir um bulldozer em velocidade TGV, pronto a arrasar tudo à sua volta.
A lista de convidados inicialmente anunciada, ficou um pouco fragmentada com a não inclusão do tema título no álbum, tema esse que conta com a participação de Trent Reznor (nada que não se resolva, com uma busca aos locais certos), e com a exclusão de Billy F. Gibbons, que acabou por não participar (e ainda bem, digo eu...).
Por outro lado, a participação de Julian Casablancas (que canta e toca guitarra digital) não só se confirma como se recomenda, acabando por dar uma mãozinha num dos melhores temas do álbum, o demolidor "Sick, Sick, Sick".

Queens Of The Stone Age - Run Pig Run via goldenfiddle
Queens Of The Stone Age - Battery Acid
via julioenriquez
Queens Of The Stone Age - Misfit Love
Queens Of The Stone Age - I'm Designer via idolator
Queens Of The Stone Age - Make It Wit Chu
Queens Of The Stone Age - 3’s & 7’s via goodweatherforairstrikes
Queens Of The Stone Age - Sick, Sick, Sick

Macking off: aqui e aqui.

Sick, Sick, Sick live on Channel 4:



(Z)

Viva Oaxaca!












La Cantina - Entre Copa y Copa o muito elogiado álbum que Lila Downs editou o ano passado, foi anteontem apresentado no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães.
A riqueza da música "ranchera" eximiamente exibida na poderosa voz de mezzo-soprano de Lila, a cenografia e a excelente e multicultural banda que a acompanharam em palco, fizeram viajar toda uma plateia, numa sucessão de sons e ritmos populares apimentados por algumas influências de jazz, folk, spoken word e música cubana.
Lila encantou em espanhol, em inglês, em mixtec e até em português, no belíssimo fado "A Travessa da Palha", de Lucília do Carmo para o filme "Fados" de Carlos Saura, com que surpreendeu a todos, já no encore.
É impossível não ficarmos enfeitiçados com a graciosidade, simpatia e simplicidade de uma das melhores vozes da world music dos nossos dias.
No final do concerto, já nem nos lembravamos que "Burn It Blue", o popular tema da banda sonora de "Frida", interpretado em dueto com o mestre (vénia, por favor) Caetano Veloso, não constou do alinhamento...
Isto não é apenas música do mundo, esta musica é um mundo.



(Z&C)

26.5.07

Let's Look at The Trailer

Control dirigido por Anton Corbjin (1º prémio para Best European Film em Cannes): a vida do lendário Ian Curtis.



(C)

Balla na CDM

Cinco meses depois da data prevista, os Balla vieram à Casa Da Música apresentar o seu terceiro álbum ("A grande Mentira"), o qual dominou grande parte do alinhamento de um concerto bastante agradável, com Armando Teixeira (uma espécie de compressão a 128k de Serge Gainsbourg) a liderar uma banda bem oleada, que conseguiu a proeza de reunir na plateia um número de pessoas bem mais substancial do que tem sido habitual na CDM.
Teve como ponto alto a participação do pianista Afonso Malão em três temas só para piano e voz, e uma bizarra interpretação de "Vídeo Maria" em dueto com essa lenda ainda viva do rock português, chamada Rui Reininho:


(Z)

25.5.07

Lindo #12

Loney, Dear - Saturday Waits


(C)

The Polyphonic Spree - The Fragile Army










São mais que as mães (+ de 20 ) os membros desta banda texana liderada por Tim Dalaughter, ex-vocalista dos extintos Tripping Daisy.
Os The Polyphonic Spree abandonaram o look inocente de meninos do côro e transformaram-se num frágil exército, com pontaria certeira a sons mais dinâmicos que acompanham a explícita e feroz crítica à sociedade militarista americana. A combinação de tantos músicos e instrumentos, aparentemente difícil, resulta em melodias cheias de surpresas e a certeza de que são todos indispensáveis à criação do som quase mágico que produzem.
Para deleite dos nossos ouvidos, os Polyphonic Spree colocaram, no site oficial da banda, um mashup de 8 minutos do seu novo álbum, The Fragile Army (19 Junho, 07), para ouvir ou fazer download - aqui.

The Polyphonic Spree - Light To Follow
The Polyphonic Spree - Get Up And Go - (@kollegedaily.typepad.com)

The Polyphonic Spree Running Away Ecard


(C)

Sissy Wish - Beauties Never Die






















Sissy Wish... Por trás deste nome ridículo, está um dos projectos mais interessantes que ouvi nos últimos tempos. Como não podia deixar de ser, vêm do frio, mais precisamente de Bergen, Noruega, e transmitem aquela sensação de innocent coolness típica das melhores bandas nórdicas, de quem não seria capaz de fazer uma má música nem que tentassem. Lembram um pouco os Cardigans dos primeiros tempos (tudo começou aí, não é?) na deslumbrante capacidade de criarem canções tão simples e perfeitas, que nos deixam estupefactos.
A voz sensual e cativante de Siri Alberg é ouro sobre azul, e conquista-nos à primeira audição.
Desde que o saqu...humm...quero dizer, desde que tive acesso a ele, devo andar a ouvi-lo 4 ou 5 vezes por dia. É assim tão bom.

Sissy Wish - Float via fluxblog
Sissy Wish - DWTS
via sixeyes

Vídeo "Float"


(Z)

24.5.07

Handsome Furs






















Plague Park marca a estreia dos Handsome Furs, o side project de Dan Boeckner dos Wolf Parade, que achou por bem mostrar ao mundo a música que faz juntamente com a namorada, Alexei Perry.
O álbum é um pouco sombrio, tem um tom melancólico e minimalista mas, com o noise nos sítios certos - embora fizesse falta uma bateria a sério. Apesar de ser algo repetitivo (intencionalmente, segundo o site do duo), não se arrisca, quanto a mim, a tornar-se cansativo.
Com letras brilhantes e o conforto da voz familiar de Boeckner não há PETA ou praga que me dissuada a um passeio por este parque.

Handsome Furs - What We Had
Handsome Furs - Sing! Captain

Handsome Furs - Dumb Animals


E enquanto os Wolf Parade se mantêm sossegaditos (novidades só em 2008), saboreiem a nova Things I Don't Know.

Wolf Parade - Things I Don´t Know (live @Showbox - Seatle)


(C)

23.5.07

The Chemical Brothers - We are the night


Confesso que ultimamente não tenho tido muita paciência para a Irmandade Química do Big Beat, cada vez que me surgem à frente com um novo sermão, eu, educadamente, explico que já dei para esse peditório e enquanto os vou ouvindo - sem grande atenção - a repetir o mesmo discurso, aproveito para lhes ir fechando a porta devagarinho.
Só que desta vez os sacanas trouxeram reforços de peso - alguns nomes bem queridos cá na casa -, e lá vou ter que os convidar a entrar para tomar um chazito, mas não sem antes me certificar que não vêm contaminados com a febre do kuduro...

All Rights Reversed (feat. The Klaxons) - via bouleafacettes
Harpoons

Do It Again (feat. Ali Love)
- via brugo
Das Spiegel
Burst Generator
We Are The Night - via julioenriquez

Saturate

The Pills Won't Help You Know (feat. Midlake)
- via julioenriquez
Battle Scars (feat. Willy Mason)

The Salmon Dance (feat. Fatlip)

No Path To Follow
A Modern Midnight Conversation - via getweirdturnpro

(Z)

Fujiya & Miyagi new "Uh"













O trio eléctrico mais cool do UK tem novidades.
Os Fujiya & Miyagi avançam com novo single - Uh - a 2 de Julho, via Regal.
Ao que dizem, é sobre " o tempo e o espaço, o alfabeto e raparigas". O single estará disponível apenas para download e no formato vinil (o CD está definitivamente out).
Os rapazes estão actualmente a preparar novo álbum, com nome provável de Ventriloquizing, cujos temas dizem ser mais variados e ainda mais fortes que os do anterior Transparent Things.
Quando pingar a gente mostra... até lá não percam a entrevista/concerto aqui em baixo.

Entrevista e live performance @ KCRW (18/05/07)

Fujiya & Miyagi @Myspace

(C)

Pete Doherty... a long, long time ago

Mais uma preciosidade via YouTube: este vídeo do libertino, ainda com a ingenuidade própria da puberdade, longe de drogas (acho!) e da sua querida Moss, numa entrevista levada a cabo por Eddy Morris, VJ da MTV na altura e que actualmente é DJ da Xfm.
Doherty encontrava-se na bicha para o concerto dos Oasis.
Imperdível!



(C)

New Young Pony Club - Fantastic Playroom













Já cá canta. Após os muito apreciados singles "Ice Cream" e "Bomb", o tão aguardado álbum dos NYPC está pronto e já pode ser ouvido por aí nos sítios habituais. Dez petardos apontados para a pista de dança, que irão certamente calejar muitos pézinhos neste verão que se adivinha bem quente. Para já, o mais perto que vão estar cá do burgo vai ser no Sonar, em Junho, mas uma vez que produzem um som tão aproximado ao dos amigos CSS, bem que podiam acompanhá-los ao Minho em Agosto.
New Young Pony Club - Hiding On The Staircase - via fluxblog
New Young Pony Club - Ice Cream (Van She Tech Remix) - via rocksellout
New Young Pony Club - The Bomb
New Young Pony Club - Grey
New Young Pony Club - Talking Talking
New young Pony Club - The Bomb (The Teenagers Crush LOU remix) - via missingtoof
O Álbum inclui tudo o que foi lançado até agora, menos o cantarolável "Gotta Get Into You", por isso tomem lá e não digam que vão daqui:
New Young Pony Club - Gotta Get Into You

Vídeo - "Bomb"


Imagens da tournée com os Klaxons, CSS & Sunshine Underground, aqui.

(Z)

Great Northern






















Esta será, muito provavelmente, a banda de eleição destes ouvidinhos nos próximos tempos.
Os Great Northern são californianos, têm um som meio beatlesque e as vozes de Solon Bixler e de Rachel Stolte são do mais harmonioso que tenho ouvido nos últimos tempos. O quarteto completa-se com Davey Latter na bateria e Ashley Dzerigian no baixo.
O álbum de estreia chama-se Trading Twilight For Daylight e apresenta 10 temas que lembram as cartas de amor dos nossos avós, onde facilmente o amor se transformava em dor e vice-versa.
É pop catchy e solarenga, com uma certa ingenuidade e o factor fell-good ligado no máximo.
Aviso, desde já, que pode tornar-se extremamente viciante...

Great Northern - The Midle
Great Northern - Home
Great Northern - Just a Dream
(@obscuresound.com)
Great Northern - Into The Sun (@obscuresound.com)
Great Northern - A Sun A Sound (@obscuresound.com)

Great Northern - EPK


Great Northern@myspace

(C)

22.5.07

A moda dos concertos secretos






















À semelhança do que já tinha acontecido com os Primal Scream, Magic Numbers , Faithless e Babyshambles, os Gossip e os CSS juntaram-se em Manchester, dia 18 de Maio, para mais um Myspace Secret Gig.
Beth Ditto e Lovefoxxx tomaram de assalto o palco do Manchester Roadhouse, num dueto que, certamente, ficará para a história.
Os Gossip começaram com a cover do Careless Whisper de George Michael (!!) para depois continuarem com a maioria dos temas do seu álbum de estreia Standing In The Way Of Control.
Os CSS, por sua vez, espalharam a sua sensualidade ao longo de 10 temas e da cover dos L7 - We Pretend That We're Dead.
Beth Ditto, sempre out of control, teve ainda tempo para convencer o público a gritar "free Lil' Kim", acrescentando, no entanto, que Paris Hilton pode apodrecer na cadeia. Antes de abandonar o palco dedicou o concerto a Yoko Ono.
A julgar pelo vídeo, aqui em baixo, sorte a de quem lá esteve...

CSS + Gossip @ Manchester Roadhouse


(C)

21.5.07

Joakim - Lonely Hearts EP

Acabadinho de comprar na nova loja da Matéria Prima em Lx (Mousse, Rua das Flores, 41-43, BA).
Está com uma selecção discográfica que é uma perdição para os olhos e para os ouvidos.
A remix de Tim Goldsworthy é espectacular!
Lovely Hearts (Loving Hand Remix by Tim Goldsworthy)
Lonely Hearts (Dub Version)
Lonely Hearts (Vocals)

Já agora, fiquem com isto... de puta madre!
Air - Surfing on a Rocket (Joakim Remix)

(Z)

20.5.07

That's The Way It Was...






























O Coliseu de Lisboa esteve literalmente on fire com a 2ª passagem dos Bloc Party por terras lusas.
A equação foi simples: uma das bandas mais cool do momento, um público conhecedor e rendido, um milhão de descargas de adrenalina por minuto provocadas por temas como Positive Tension, She's Earing Voices, Blue Light ou Like Eating Glass e a vibrante performance de Kele Okereke - que muitas vezes pareceu ser o único em palco -, resultaram num dos melhores concertos deste ano.
Com uma audiência completamente extática desde o início, Kele nem precisava ter pedido que o último concerto da digressão se tornasse inesquecível, foi inevitável.
A party foi unicamente traída pela fraca qualidade do som, que frequentemente nos levou a questionar se o karaoke estaria avariado, com tantos riffs e vocais imperceptíveis.
Os detractores do Weekend In The City que tenham presenciado o concerto, bem podem rever a sua posição, uma vez que os dois discos se complementam como queijo e marmelada.
Para compor o cenário de uma noite que já roçava a perfeição, enquanto tomávamos o habitual copo na Bicaense, demos de caras com Okereke na bicha para a casa de banho... Simpaticamente trocou connosco dois dedos de conversa sobre este concerto e o de Paredes de Coura, que ele diz ter-lhe ficado na memória e concedeu-nos uma pequena foto session privada que, como podem comprovar, nos deixou com um grande smile.










































































































































(Z&C)

17.5.07

E hoje é dia de Matthew Dear!


Sou completamente viciada na pop electrónica, ou minimal house, ou acid techno (ou o que lhe queiram chamar), de Matthew Dear.
Seria um pecado capital perder o seu djiing, hoje à noite, no Lux.
O músico texano, dono de um currículo impressionante, tem novo álbum quase a sair - 5 de Junho. Chama-se Asa Bread e conta com a colaboração do trio electro-rock Mobius Band, no tema Elementary Lover.
Deserter é o 1º single do álbum, um fantástico teaser que contém um tema não incluído no álbum - You Know What I Do - e ainda, uma remixe dos Four Tet. Fabuloso!
See you later, Dear...

Amostras do single aqui.

(C)

Art Brut - "It‘s A Bit Complicated"....not!




















Finalmente! Acabadinho de pingar, o segundo álbum dos ingleses Art Brut (solução obtida pela junção de Modern Lovers, The Fall e Felt) revela-se uma pequena maravilha, um direct hit, pleno de energia contagiante, que, mais do qualquer outro produto no mercado, refresca o corpo e a mente.
É rock ‘n‘ roll purinho, sem qualquer tipo de manhas ou contemplações, com a língua afiada de Eddie Argos a acertar continuamente no alvo, revestida pelos simples mas brilhantes riffs & hooks de Ian Catskilkin. Onze clássicos imaculados a exigirem palco (numa urgente repetição daquela mítica noite no Sushi Dance Club de Leiria) e audição exaustiva.
O disco sai em Junho, mas os moços, simpáticos como são, disponibilizaram 5 demos para download.

Direct Hit (demo)
Pump Up the Volume (demo)
Nag Nag Nag Nag (demo)
Late Sunday (demo)
Post Soothing Out (demo)

Art Brut - Good Weekend (@ Pitchfork Festival)


(Z)

16.5.07

How To Write a Song?? Ask Rufus...



(C)

The Cinematic Orchestra




Depois do aperitivo de 12'' Breathe, eis que surge, via Ninja Tune, o prato cheio: Ma fleur.
Jason Swinscoe e o resto da orquestra trazem, como não podia deixar de ser, mais jazz electrificado, planos sonoros cinematográficos e a novidade das baladas ao piano e cordas, postas nas belíssimas vozes de ilustres convidados como Patrick Watson, Lou Rhodes (que saudades que já tinha da voz do cordeirinho) e uma vez mais, a poderosa Fontella Bass.
É preciso uma certa agudeza de espírito para acompanhar este autêntico filme e não deixar escapar nenhum dos takes - das emoções humanas mais básicas aos sentimentos mais complexos.
Contem com uma experiência comovente e de uma beleza sem limites.
Mais-que-perfeito!

Cinematic Orchestra - To Build a Home (feat. Patrick Watson)
Cinematic Orchestra - As The Stars Fall Into You(@ Scissorkick.com)
Cinematic Orchestra - Familiar Grond (feat.Fontella Bass)
Cinematic Orchestra - Music Box (feat. Patrick Watson / Lou Rhodes)
Cinematic Orchestra - Child Song (@julioenriquez.com)
Cinematic Orchestra - Time and Space (Feat. Lou Rhodes)

Cinematic Orchestra - The Man With The Movie Camera


@myspace
Site

(C)

coz you know we're on fire

Bloc Party @ Paredes de Coura - Agosto 06


(Z&C)

15.5.07

Run for covers












Andam por "aí" a circular dois curiosos discos de versões que têm algo em comum.
O primeiro é uma compilação de covers da nossa islandesa esquizóide favorita. Chama-se "Read: Interpreting Bjork" e nela entram, entre outros, os Decemberists com uma interessantíssima versão de "Human Behavior".
O segundo é um EP de 6 temas composto por covers do mancuniano Morrissey, interpretadas em toada folk por Colin Meloy. - "Quem?"- Perguntam vocês. Ora...Colin Meloy...dos Decemberists.
O tipo vai a todas.

The Decemberists - Human Behavior (Bjork cover)
Colin Meloy - Pregnant For The Last Time
Colin Meloy - Every Day is Like Sunday

(Z&C)

14.5.07

" I'm Going Down..."





















Prince -I'm going down...
-I don't wanna hurt you, baby. I wanna be your lover...
Prince
-Get off!
-23 positions in a 1 night stand...
Prince -Get off... I'll give you diamonds and pearls!
-Let's go crazy!
Prince -Baby I'm a star...
-I just want your extra time and your... Kiss!

Nunca duvidámos da aparente fragilidade de Prince - 46kg distribuídos por um belo corpinho de apenas 1,55m (+ coisa - coisa) - mas ir ao chão, ao que dizem, com um beijito de uma fã...
Ou ela era um peso pesado, ou o principezinho está a precisar de tomar Centrum, ou então são efeitos colaterais Amy Winehouse - o dos tacões já disse não se importar vir... a colaborar com Amy e, num recente concerto em Londres, chegou mesmo a apregoar: "Respect to Amy Winehouse, respect! What a voice!"

Prince - Alphabet Street


(C)

13.5.07

Serralves em Festa



A 4ª edição do Serralves em Festa, um dos maiores festivais de expressão artística contemporânea, decorrerá a 2 e 3 de Junho.
O entretenimento está assegurado em 40h de programação non stop, onde não faltará música, dança, teatro, poesia, circo, artes plásticas, vídeo... and so on.
Musicalmente estaremos bem servidos - com o animal Panda Bear, com os sons dançáveis de Joakim and His Esctoplasmic Band, o DJ e produtor americano Diplo, o jazz de Willem Breuker Kollektief, John Butcher, os portugueses La La La Ressonance e Mimi Goese ex-vocalista dos Hugo Largo, que encerra o cartaz com XIX, projecto do trompetista Ben Neill, que mistura samplers de música ancestral com sons futuristas e vídeos interactivos.
A proposta mais insólita estará a cargo do duo francês Fabienne Audéoud & Els Hannaple que, a partir de dia 29, e durante uma semana, convida o público a assistir in loco a todo o processo criativo e a testemunhar a tentativa de criação de um hit, com colaboração de músicos lusos, e prometem oferecer CDs com o resultado, no dia de encerramento.
Temos festa!

Mais info aqui.

(C)

11.5.07

Stuart Robertson, Fnac Norte Shopping, 09-05-07


Uma rápida ida à Fnac do Norte Shopping na quarta à noite, confirmou-me a impressão deixada por Stuart Robertson, aquando da sua passagem pelo Festival Para Gente Sentada em Novembro do ano passado - a de um artista competente e esforçado, mas sem grandes ideias ou rasgos. Música que não aquece nem arrefece. Uma viagem confortável e monótona, que fazemos de olhos semi-cerrados, só despertando com alguns (raros) solavancos ou nas perigosas "tanjas" que o escocês por vezes passa, a esse peso pesado da pop foleira que dá pelo nome de Sir Elton John.
O showcase apresentado serviu para promover o seu último álbum "World Figured Out".
Serviu também para poupar uma ida a Famalicão.



(Z)

Mili Vinili


A febre do vinil voltou e parece ter pegado de estaca. Multiplicam-se as lojas, as edições e, é claro, o consumo.
Para satisfazer este renovado apetite, o Pelouro da Cultura da Câmara de Gaia promove nos dias 18, 19 e 20 de Maio o evento "Re‘Viver o Vinil", uma interessante iniciativa que servirá como "(...) pretexto para um grande fim de semana que levará à zona da beira rio o ambiente de há algumas décadas atrás, incluindo o vestuário, mas também DJs e a possibilidade de trocar discos de outra época." O referido evento "reunirá lojas da especialidade, discotecas e os coleccionadores mais representativos do país na praça Super Bock do Cais de Gaia".
Encontramo-nos lá?

(Z)

Explosions In The Sky



O quarteto instrumental de Austin, Texas, pode gabar-se de ter um nome que lhes assenta na perfeição. O som incendiário continua presente no novo All Of A Sudden I miss Everyone, não no sentido bélico, mas antes como o mais belo dos fogos de artifício. O tom melancólico e contemplativo mistura-se a guitarras distorcidas dando origem a uma sonoridade que hipnoticamente nos coloca num mundo à parte. O tema "The Birth and Death of the Day", por exemplo, consegue perfeitamente representar, a partir de estridentes guitarras que no final parecem desmaiar de cansaço, o nascer e o pôr do sol.
Um disco de remixes (Four Tet, Eluvium, The Paper Chase, entre outros), acompanha a versão original deste último álbum.

Explosions In The Sky - Welcome, Ghosts
Explosions In The Sky - Catastrophe and the Cure

Site
Myspace

(C)

10.5.07

New !!!

!!! - Must Be The Moon

(C)

Sea Wolf



Sea Wolf é o projecto musical do multi-instrumentista Alex Church, antigo membro dos Irving de LA.
O seu EP de estreia, Get To The River Before It Runs Too Low
( grande título, em todos os sentidos!), saiu ontem, via Dangerbird Records, com produção de Phil Ek (Band Of Horses, The Shins) e é absolutamente brilhante... nem mais, nem menos!
Com apenas cinco melódicos temas, repletos de poesia inusitadamente elegante, estamos perante um álbum único, daqueles que parecem ter sido escritos sob encomenda das nossas endorfinas.
Com o full-length previsto para sair em Setembro, Sea Wolf vai entretanto, andar em tournée com os meus queridos Silversun Pickups - já ouviram falar de Portugal, o país com mais concertos per capita do mundo?? Passem por cá...

Sea Wolf - You're a Wolf
Sea Wolf - I Made a Resolution
Sea Wolf - Middle Distance Runner (Daytrotter Session)
Sea Wolf - The Garden That You Planted
Sea Wolf - I Don't Know if I'll Be Back This Time
Sea Wolf - Ses Monuments

Vídeo - You're a Wolf
Sea Wolf @myspace

(C)

9.5.07

Fingerpicking good!!



Depois de em 2005 ter estado no Passos Manuel, a fazer a primeira parte de Josephine Foster, James Blackshaw não poderia ter tido mais sorte no local escolhido para a sua segunda apresentação a norte do país (deveria era ter tido mais gente, mas isso já é outra história).
A Tertúlia Castelense é estética e logisticamente perfeita para este tipo de concertos. O ambiente intimista, cria o enquadramento ideal para a música do jovem inglês. Mais um talento extraordinário a juntar à nova geração de guitarristas que, mantendo acesa a chama de Robbie Basho e John Fahey, não deixa de explorar o seu próprio caminho, acrescentando algo de inteiramente novo. A simplicidade e timidez de Blackshaw não transparecem nas exímias deambulações da sua 12 cordas.
E é como diz o amigo da Campaínha, demos connosco a retroceder no tempo e a vislumbrar os primeiros concertos de Nick Drake numa qualquer cave londrina.

James Blackshaw - "Transient Life In Twilight" (Tertúlia Castelense, Maia, 08-05-07)


(Z&C)