30.3.07
Little miss flower child
A sempre atenta campaínha eléctrica, fez há dias uma curiosa referência à precocidade artística de Nikka Costa, que se iníciou nas lides musicais com apenas nove aninhos. Mais cinco que a Maria "eu vi um sapo" Armanda, portanto.
É um bocadinho cedo, mas antes isso que costurar sapatilhas para a Nike....
Pois bem, lá na terra dos elfos e duendes, no meio de uma comunidade hippie em plenos anos setenta, também uma menina de onze anos dava os primeiros sinais de talento com um álbum recheado, principalmente, de músicas tradicionais Islandesas, mas que incluía ainda uma desconcertante versão de "The Fool On The Hill" dos Beatles (aqui). Uma querida.
Bem diferente, espero, do muito aguardado "Volta", que irá sair dentro em breve.
Bjork - Arabadrengurinn (1977)
(Z)
No mínimo... bizarro
Foi no The Charlotte Church Show dia 23 de Março. A música é When Doves Cry do Prince.
Os protagonistas deste perturbador momento televisivo à la Herman José são Charlotte Church e Patrick Wolf - que fará uma visitinha ao Teatro Circo a 19 de Abril.
-"You and I engaged in a kiss?? The sweat of your body covers me(...)"
No way!
(C)
Os protagonistas deste perturbador momento televisivo à la Herman José são Charlotte Church e Patrick Wolf - que fará uma visitinha ao Teatro Circo a 19 de Abril.
-"You and I engaged in a kiss?? The sweat of your body covers me(...)"
No way!
(C)
Chris Garneau
A capa deste disco foi amor à primeira vista, a música... nem tanto, mas mudei radicalmente de opinião à segunda escutadela - sim, este é desses - as antes "um tanto aborrecidas" musiquinhas transformaram-se em bonitas e íntimas melodias, com histórias belíssimas para contar, com piano, harmónica e violino absolutamente sublimes a acompanhar.
Chris Garneau é mais um talento de Brooklyn, NY, que se estreia com este Music For Tourists cuja produção esteve a cargo de Duncan Sheik.
Para momentos slow motion.
mp3: Between the Bars - Elliott Smith Cover ( @indieblogheaven)
mp3: We Don't Try
Chris Garneau@myspace
Chris Garneau - Relief
>
(C)
29.3.07
Back from the dead
Parece que os (julgava eu) defuntos Happy Mondays, afinal estavam era mal enterrados.
Em Junho vamos levar com álbum novo, e em Abril, no Coachella, recomeçam a tocar ao vivo(?).
Atendendo ao estado deplorável em que Shaun Ryder se apresentou no Sá da Bandeira há cerca de ano e meio, não me parece que haja motivos para grandes expectativas, mas podemo-nos sempre rir um bom bocado.
Happy Mondays - Playground Superstar (2004, Goal! soundtrack - vídeo)
(Z)
Arcade Fire no Olympia de Paris em 19/3/07
Há gente com sorte!...
Vídeo realizado por Vincent Moon, numa produção do site francês "La Blogothèque", na sua rubrica "Concert à emporter" (concertos grátis de artistas improvisando as suas canções na cidade...)
(Z)
Vídeo realizado por Vincent Moon, numa produção do site francês "La Blogothèque", na sua rubrica "Concert à emporter" (concertos grátis de artistas improvisando as suas canções na cidade...)
(Z)
Clinic
Os Clinic teimam em proteger as suas identidades com máscaras cirúrgicas em concertos, vídeos, fotos promocionais... enfim, levam a coisa a sério.
O quarteto de Liverpool lançou o seu 4º álbum, Visitations (Domino), apelidado pela crítica como party album.
Pode até ser, se a festa já estiver a saír dos eixos ou se os anfitriões elegerem como soundtrack um garage-bizarre-muito-kick-ass.
A voz cavernosa de Ade Blackburn acompanha riffs psicadélicos e um estilo rockabilly capaz de pôr os cabelos em pé a Elvis Presley.
Variedade e versatilidade parece ser o denominador comum desta banda e, são muitas as visitations feitas aos mais diversos géneros musicais.
Não aconselhado a ouvidos demasiado sensíveis.
mp3: Jigsaw Man
mp3: Harvest
"If You Could Read Your Mind"
(C)
28.3.07
Os dias da rádio
A Woxy.com teve nos seus estúdios, no mês passado, a presença dos americanos Cloud Cult (um dos vícios de estimação cá da casa), num pequeno concerto de meia hora que serviu para promover o seu último álbum "The Meaning of 8", com saída prevista para Abril.
Cloud Cult - Chain Reaction
Cloud Cult - Pretty Voice
Cloud Cult - Washed Your Car
Cloud Cult - Interview Part
Cloud Cult - Chemicals Collide
Cloud Cult - My Little Sunshine
Cloud Cult - Interview Part 2
(ripado por culturebully.com)
E este mês, para vermos que eles não brincam em serviço, já por lá passaram:
The little Ones
e
Snowden (imperdível)
Haja fartura! Mas porque é que nós não temos rádios assim?
(Z)
Lindo!!#5
E por falar em Arcade Fire, apetece recordar um dos melhores álbuns do ano passado, o dos Bell Orchestre, projecto paralelo de 2 elementos da banda: Sara Newfeld, a violinista e Richard Parry, o ruivo faz tudo. Os Bell Orchestre, contam ainda com membros integrantes de bandas menos conhecidas como Torngat, Ark of Infinity e [IKS].
A must see.
Bell Orchestre - Throw It On A Fire
(C)
A must see.
Bell Orchestre - Throw It On A Fire
(C)
Diz que disse
Os queridíssimos Arcade Fire cancelaram 9 datas da tournée europeia, ao que dizem, devido ao súbito ataque de sinusite e bronquite de Win, que se diz incapaz de falar, quanto mais cantar... uns rebuçaditos do Dr. Bayard não resolveriam a coisa?? Para consolar os fãs mais fragilizados, só mesmo o novo vinil 7" , com os temas Keep The Car Running (que lhe dá o nome) e Broken Window.
Win põe-te fino! Regina cuida do teu moço! Encontramo-nos no SBSR. - Ora Sim?
The Arcade Fire - Neon Bible
(C)
The Whigs
Os The Whigs são três mocinhos de Athens, Georgia - a cidade dos US que mais bandas deve ter per capita- e que se estreiam em Give'Em All A Big Fat Lip, o 1º álbum da banda após terem passado 3 anos como banda de abertura de concertos dos The Killers, Maroon 5, Futureheads, Franz Ferdinand, Elf Power, entre outros. O disco, produzido e gravado por eles no histórico casarão Ross Crane House em 2005, será reeditado pela australiana Ivy League ( pater familias de artistas como os Youth Group, Josh Pyke, Red Riders, etc) em Abril próximo.
O álbum está repleto de temas catchy, com o rock a encostar-se confortavelmente à pop sixties.
São fresquinhos, são bons, estão prontos a servir e são uma delícia.
mp3: Don't Talk Anymore
mp3: Technology
mp3: Violent Furs
The Whigs @myspace
(C)
Amigos ausentes
Holy Fuck!
Há bandas relativamente às quais não precisamos de ouvir mais do que dois ou três temas, para se perceber que nasceram essencialmente para tocar ao vivo. E estes canadianos levam um enorme carimbo com a palavra DESBUNDA. A sua electrónica analógica e absolutamente marada, lembra uns Kraftwerk on acid em versão casiotone com guitarra, bateria e baixo. Faz-nos pular e andar às voltas até cair para o lado. O que é bom, certo?
Holy Fuck - The Pulse
Holy Fuck - Lovely Allen
Holy Fuck - Live from SXSW part One (10:50)
Holy Fuck - Live from SXSW part Two (5:24)
(Z)
27.3.07
Lucky Soul
Bacharach? Abba? kylie? Swing Out Sister? Camera Obscura? Pippettes? Está tudo aqui.
E não vai faltar muito para estar em todo o lado.
Tão radio friendly que vai saturar, é aproveitar enquanto dura...
Lucky Soul - The Great Unwanted
Lucky Soul - Lips Are Unhappy
(Z)
The Rakes
Ten New Messages na caixa postal dos nossos ouvidos.
O remetente são os britânicos The Rakes exploradores de temas polémicos do nosso quotidiano misturados com banalidades , tudo com um enorme sentido de humor, - temas com títulos como World Was A Mess But His Hair Was Perfect ou When Tom Cruise Cries, são um bom exemplo.
O som do quarteto é daqueles capazes de rachar o chão de qualquer pista de dança que se preze. Quanto às comparações com os seus vizinhos Bloc Party, até podem justificar-se mas, há algo errado nisso? - Eu quando gosto muito de algo, não me importo de tê-lo noutra cor!
Alan Donohoe, o vocalista da banda, define este novo álbum como " uma combinação de música coral, o programa televisivo 24, canções de James Bond, poetas da 1ª Guerra Mundial e The Sugababes"... Parece-me bem.
mp3: Rakes + Lilly Allen - Let's Dance (Bowie cover)
mp3: When Tom Cruise Cries (@indieforbunnies)
We Danced Together
(C)
26.3.07
Sounds Like Silver
Os responsáveis pelos discos de remixes "Always Outsiders, Never Outdone" (Prodigy) e "Flip The Switch" (Chemical Brothers) decidiram agora deitar a mão a "Sound Of Silver" dos LCD Soundystem e fazer o seu costumeiro "baralha e torna a dar", com a ajuda de team9, McSleazy, ATOM, e Dunproofin, entre outros.
Isto de forma não oficial e (embora sugiram contribuições para instituições de caridade) para download gratuito, antes que o próprio James Murphy se lembre de o fazer para ganhar mais uns cobres.
Podem ir buscar aqui: www.lcdremixed.com
Ou:
1. Get Innocuous
(Geek Chic's Harm-Free Retouch)
2. Time To Get Away
(ATOM's Exit Stage Left Mix)
3. North American Scum
(Dunproofin's Not From England Either Mix)
4. Someone Great
(Shokking Shokkaboy Remix)
5. All My Friends
(AMIGAMAN Remix)
6. Us vs Them
(Go Home Productions Remix)
7. Watch the Tapes
(Team9's Excursion On The Version)
8. Sound Of Silver
(McSleazy Remix)
9. London, I Love You But You're Bringing Me Down
(Hearing Double & JCB Soundsystem)
(Z)
Voxtrot
O novo álbum dos meus texanos favoritos já é companhia assídua de insónias indomadas.
Após 3 Eps que já prometiam muito, e contrariando as opiniões blogosféricas mais negativas, este álbum não me dasapontou minimamente. O self-titled Voxtrot é mais calmo e talvez menos imediato, com uma nítida tendência para um indie pop mais moderno e mais afastado da sonoridade 8Os à The Smiths ou Housemartins.
A voz de Srivastava soa de forma mais inocente, mais meiga, a acompanhar temas que crescem em intensidade à medida que as guitarras se juntam num coro verdadeiramente explosivo.
Audição atenta recomendada.
mp3: Future Pt.1
mp3: Kid Gloves
mp3: Stephen
Voxtrot.net
@myspace
(C)
25.3.07
O barulho das vodkas toldou-nos um bocadinho o discernimento, mas se a memória não nos falha, ontem foi uma noite do caraças!!
trintaeum 12 anos - download (zip)
(Z&C)
23.3.07
12 anos trintaeum
Pára tudo!
De vez em quando aparecem discos assim, em que é preciso parar com o "toca e foge" aleatório, para dedicarmos toda a nossa atenção a um só álbum, de forma obsessiva, como nos bons velhos tempos do vinil.
Conseguem imaginar música saída da pena de Danny Elfman para um filme de Tim Burton mas cantada por.... Jeff Buckley?
É assim tão bom.
"Close To Paradise" é o álbum de estreia de Patrick Watson (que já aqui tinha sido mencionado "de raspão" a propósito do novo álbum dos Cinematic Orchestra, ao qual empresta a sua arrepiante voz), e é de uma maturidade tal, que nos faz esquecer estarmos perante um músico de apenas 26 anos.
A música é grandiosa, bela, "cinemática". Mas voz é o centro de tudo. Embora assustadoramente parecida com a de Jeff, tem uma personalidade própria fortíssima, que cativa progressivamente, puxando-nos para dentro das músicas como um anzol, completamente hipnotizados.
Dizem que é um dos mais bem guardados segredos de Montreal, onde tem vindo a causar enorme burburinho na (já de si bastante agitada) cena musical. Dizem tambem que não o será por muito tempo.
Patrick Watson - Daydreamer
Patrick Watson - The Great Escape
(Façam uma visita aos comentários)
(Z)
22.3.07
Black Lips
São um misto de genialidade e de loucura vindo directamente de Atlanta.
O rock primitivo dos Black Lips está de volta em Los Valientes del Mundo Nuevo, um disco gravado ao vivo num clube mariachi em Tijuana. Se fecharmos os olhos, podemos imaginar que fazemos parte da assistência: desviamo-nos dos vidros partidos enquanto vemos o guitarrista fazer um riff com a ajuda do... pénis(!) - parece que vomitar e queimar os pêlos púbicos também faz parte do entretenimento, inesquecível de resto, que os moços proporcionam nos seus concertos.
É o deboche total!
mp3: Stranger
mp3: Not A Problem
mp3: Dirty Hands
Black Lips live @ Tijuana
(C)
21.3.07
Los Campesinos!
Não sei o que é que se passa com esta moda de pôr nomes em espanhol a bandas ou projectos a solo, mas que tem dado bons resultados, lá isso tem. Desta vez (para variar) a novidade não nos chega da Suécia , mas sim de Inglaterra. São sete cromos de Cardiff que produzem adoráveis "fun indie-pop songs", com melodias inspiradíssimas e letras que são um verdadeiro achado. Simples e geniais. Um autentico cartão de visita primaveril.
Como se isso não bastasse, ainda por cima são extremamente generosos e adoram oferecer coisas.
(Z)
Gotye
Wally De Backer, o australiano que está por trás do nome Gotye, é um tipo com uma elasticidade estilistica notável. Tanto assim que mais valia ter arranjado um nome (projecto) diferente para cada uma das onze músicas que compõem o seu álbum de estreia ("Like Drawing Blood") tal é a diferença entre elas. A única coisa previsível que aqui vamos encontrar, é o talento multifacetado do autor, capaz de pôr lado a lado delirantes exprimentalismos em forma de sample, com deliciosas e irresistíveis pérolas pop, como estas aqui em baixo.
O vídeo é absolutamente imperdível!
Gotye - Heart's A Mess
Gotye - Learnalilgivinanlovin
DL Zip
(Z)
to choose or not to choose
"Choose Life. Choose a job. Choose a career. Choose a family. Choose a fucking big television, choose washing machines, cars, compact disc players and electrical tin openers. Choose good health, low cholesterol and dental insurance. Choose fixed interest mortgage repayments. Choose a starter home. Choose your friends. Choose leisurewear and matching luggage. Choose a three-piece suit on hire purchased in a range of fucking fabrics. Choose DIY and wondering who the fuck you are on a Sunday morning. Choose sitting on that couch watching mind-numbing, spirit-crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pishing your last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked up brats you spawned to replace yourself.
Choose your future.
Choose life". - Trainspotting
................................................................Lust for Life
(c)
Choose your future.
Choose life". - Trainspotting
................................................................Lust for Life
(c)
20.3.07
19.3.07
Seabear - The Ghost That Carried Us Away
Mais um grupo que veio do frio. Com ligeiras influências de Elliott Smith, Belle & Sebastien e Kings of Convenience,
os islandeses Seabear, como muitos dos seus companheiros nórdicos, criam delicadas e inocentes melodias, capazes de deitar por terra qualquer espécie de mau humor matinal.
Seabear - Arms
Seabear - Seashell
(Z)
os islandeses Seabear, como muitos dos seus companheiros nórdicos, criam delicadas e inocentes melodias, capazes de deitar por terra qualquer espécie de mau humor matinal.
Seabear - Arms
Seabear - Seashell
(Z)
Blonde Redhead
Os Blonde Redhead estão de volta, menos deprimidos que o costume, e recomendam-se.
Os "afilhados" dos Sonic Youth e dos Fugazi calam o silêncio após o aclamado Misery Is A Butterfly de 2004.
O novo trabalho intitula-se "23" e anda à roda a 23 de Abril.
A voz luxuriante de Kazu Makino continua a acrescentar expressividade a temas apelativos, onde momentos melancólicos são sabiamente entrecortados por guitarras e uma bateria que fazem o trabalho bem feito.
É um álbum ambicioso mas muitíssimo bem conseguido, a revelar um amadurecimento e segurança musicais que vão deixar muda a crítica mais exigente.
mp3: "23" (@whoneedsradio.com)
mp3: Jetsar (live @ Threadwaxing Space)
mp3: The Dress
Equus
(C)
16.3.07
These Shoes are made for hearing
The Good Shoes.
Fixem bem este nome. Ainda vão ouvir falar muito nele.
É o nome de uma verdadeira fábrica de singles, propriedade de Rhys Jones (voz e guitarra), Steve Leach (guitarra), Joel Cox (baixo) e Tom Jones (bateria), que desde o obscuro lançamento (ainda sem contrato editorial) do tema "Small Town Girl" em 2005 (a que se seguiram um EP e dois bem sucedidos singles), tem vindo a crescer de forma segura e imparável.
Influências? Tudo muito familiar: Arctic Monkeys, Art Brut, Futureheads, Felt, Jam. Ainda assim, conseguem de forma bastante notória, o que as outras mil e uma bandas que nascem por segundo em Inglaterra não conseguem: captar totalmente a nossa atenção.
No final deste mês sai o álbum "Think Before You Speak", gravado na Suécia (a nova meca da música pop) e produzido por Tore Johanssen e Per Sunding (Franz Ferdinand, New Order, The Cardigans). Energéticos e refrescantes como um Red Bull. E tudo criado a partir de um barraco que têm no jardim...
Saltem até aqui para o download de um concerto nos Southern Studios.
(Z)
Fixem bem este nome. Ainda vão ouvir falar muito nele.
É o nome de uma verdadeira fábrica de singles, propriedade de Rhys Jones (voz e guitarra), Steve Leach (guitarra), Joel Cox (baixo) e Tom Jones (bateria), que desde o obscuro lançamento (ainda sem contrato editorial) do tema "Small Town Girl" em 2005 (a que se seguiram um EP e dois bem sucedidos singles), tem vindo a crescer de forma segura e imparável.
Influências? Tudo muito familiar: Arctic Monkeys, Art Brut, Futureheads, Felt, Jam. Ainda assim, conseguem de forma bastante notória, o que as outras mil e uma bandas que nascem por segundo em Inglaterra não conseguem: captar totalmente a nossa atenção.
No final deste mês sai o álbum "Think Before You Speak", gravado na Suécia (a nova meca da música pop) e produzido por Tore Johanssen e Per Sunding (Franz Ferdinand, New Order, The Cardigans). Energéticos e refrescantes como um Red Bull. E tudo criado a partir de um barraco que têm no jardim...
Saltem até aqui para o download de um concerto nos Southern Studios.
(Z)
love Is All
Por aqui, já muito se falou das óptimas bandas suecas emergentes... desta inclusive. Adiante, pois volta-se à carga.
Os Love is All dizem, na sua página no myspace, ter como influências "misunderstandings" e que soam a "confusion". O sentido de humor está também muito presente nas letras, o que lhes vale um acréscimo de pontos logo à partida.
O quinteto tem um novo single quase a sair(26/03), do qual faz parte o tema "lareta" Ageing Had Never Been His Friend e uma excelente cover do Nothing To Be Done dos The Pastels, um shot de adrenalina pura.
O anterior álbum Nine Times That Same Song merece também uma audição atenta (não é dos que se auscultem em 3 tempos). Soa a um velho e bom casamento: é tumultuoso, mas ainda há fogo de artifício entre os lençóis.
Confiram.
mp3: Talk Talk Talk Talk
Ageing Had Never Been His Friend
(C)
15.3.07
Sparrow House
Sparrow House é o projecto a solo de Jared Van Fleet, guitarrista e teclista dos Voxtrot.
Jared tem como objectivo gravar e editar 4 Ep's ainda este ano, cada um relativo a uma estação do ano.
O 1º deles, Falls, é simplesmente irresistível, acaricia-nos delicadamente os ouvidos e depressa nos torna cúmplices de temas cujas letras não se afastam muito das escritas por Srivastava para os Voxtrot, mas com uma sonoridade mais meiga.
É o perfeito soundtrack para a queda da folha caduca.
mp3: Foxes (Sighing Like a Furnace)
mp3: When I am Gone
mp3: You Sang Along
(C)
Tokyo Police Club
Já andam desde o verão passado, perdidos na confusão de playlists dos nossos iPods, a pedir uma maior e bem merecida atenção.
A banda formou-se por mero acaso, pela vontade de um grupo de amigos (oriundos de outro projecto), de matar saudades da magia que costumavam sentir ao tocar juntos. A intenção inícial era apenas a de passar um bom bocado, ao fim do qual cada um seguiria o seu caminho. Um convite para tocar no Pop Montreal Festival acabou por mudar tudo, dando início a mais uma prometedora carreira musical. Daí até fazerem as primeiras partes de bandas como Art Brut e Cold War Kid foi um tirinho.
O excitante EP "A Lesson in Crime" preenchido por tiros rápidos e certeiros, já há muito que roda por aí. Venha o álbum.
Entretanto, NÃO percam este concerto.
(Z&C)
14.3.07
Feist à estrada
Quando, há três anos atrás, ouvi pela primeira vez (no segundo álbum dos Kings Of Convenience) a hipnótica voz de sereia da minha canadiana favorita, estava longe de imaginar que nesse mesmo ano ela iria lançar aquele que foi, e é, um dos "discos da minha vida", o arrebatador "Let it Die". O efeito provocado por essa droga altamente adictiva, fez-me andar à cata de tudo quanto era participação especial ou gravação antiga da menina, para aguentar a ressaca até à tão esperada nova dose.
Pois bem, a espera acabou. "The Reminder" já cá canta, e de que maneira. Não foi preciso sequer acabar a primeira audição, para sentir novamente aquele arrepio na espinha provocado pelo álbum anterior, e de forma quase tão intensa como da primeira vez.
"So Sorry", "I Feel It All" e "My Moon My Man", os três temas que abrem o álbum, só por si já valem o investimento. Mas felizmente a coisa não se fica por aí.
"Intuition" e "Honey Honey" que já há muito circulavam pela net em versões nunca editadas, encontram aqui o merecido tratamento defenitivo, com um enquadramento à altura.
"Sea Lion Woman", popularizada por Nina Simone, e que já vinha sendo tocada ao vivo há uns tempos, embora não tenha a força do original é ainda assim uma óptima cover.
"Brandy Alexander" composta a meias com o compatriota Ron Sexmith tem na interpretação de Feist o contraponto ideal para o classicismo açucarado do canadiano.
"1 2 3 4" e "Past In Present" são vintage Feist e potenciais candidatas a próximo single.
Mas o melhor está guardado para o fim, "How My Heart Behaves", em dueto com Eirik Glambek Boe dos Kings Of Convenience é uma balada lindíssima que fecha o disco com chave de ouro, à semelhança do que já tinha acontecido com "The Build Up" no último álbum dos noruegueses (com os quais Feist vai agora passar uma semana no México, não descartando a hipótese de saírem de lá com um disquito a meias...).
A única nota menos positiva estará na roupagem mais convencional dada a alguns dos temas e numa produção menos arrojada, algures a fazer a transição entre o despojamento de Monarch e o toque de Midas que Mocky deu a Let it Die. Isto corta um pouco a fluidez entre as canções, parecendo mais uma colectânea de singles do que um álbum pensado como um todo, ao que não será alheio o facto de o disco ter sido alinhavado em apenas uma semana num apartamento em França.
Aqui fica uma interessante entrevista/concerto de 2005:
01 - Intro & recording in France talk
02 - Gatekeeper
03 - Voice talk
04 - Mushaboom
05 - talking about songs, Peaches, BSS & the CDN scene
06 - Secret Heart
07 - One Evenin video talk
08 - One Evenin
09 - Name talk & outro
(Z)
13.3.07
12.3.07
The Little Ones
Os The Little Ones serão tudo menos pequeninos!
Durante mais de um ano, adoptaram a política do fazer música mas não contar a ninguém, fechados num estúdio carinhosamente apelidado de Uncle Lee's, abandonavam temas que não fizessem bater o pezinho a todos os membros da banda e inventavam e reinventavam regras que adiassem o confronto com o público.
Os despretensiosos meninos produziram uma colecção de 7 magníficos temas que extravasam amor e optimismo e, para gáudio de muitos ouvidos, eles aí estão, no mini-álbum Sing Song.
Estou oficialmente dependente, especialmente do tema Cha Cha Cha - além de brilhante, soa de forma incrivelmente familiar (no bom sentido!).
Recomendadíssimo.
mp3: Cha Cha Cha
mp3: Lovers Who Uncover
mp3: Face The Facts
mp3: High On A Hill
(C)
Tracey Thorn
Será que Everything But The Girl arrumaram defenitivamente as botas? Bem, todos menos a rapariga.
Tracey Thorn, que ainda no ano passado deu prova de vida ao participar no óptimo "Eat Books" dos Tiefschwarz, está de volta em nome próprio com um single "It's All True" (desde já uma das músicas do ano) e um álbum "Out Of The Woods".
Tendo em conta que já não lança um disco a solo desde 82, será de esperar que o resto do material recolhido esteja ao nível destes aperitivos...
Tracey Thorn - It's All True (Escort Remix)
Tracey Thorn - Get Around To It
(Z)
Tracey Thorn, que ainda no ano passado deu prova de vida ao participar no óptimo "Eat Books" dos Tiefschwarz, está de volta em nome próprio com um single "It's All True" (desde já uma das músicas do ano) e um álbum "Out Of The Woods".
Tendo em conta que já não lança um disco a solo desde 82, será de esperar que o resto do material recolhido esteja ao nível destes aperitivos...
Tracey Thorn - It's All True (Escort Remix)
Tracey Thorn - Get Around To It
(Z)
11.3.07
Susheela Raman ao vivo no CCVF
Quatro anos depois da primeira visita, Susheela Raman voltou a Portugal para apresentar o seu terceiro álbum "Music For Crocodiles" (de 2005) e desta vez a sorte calhou ao Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães.
A relativa proximidade do Porto, não foi no entanto suficiente para nos impedir de chegar com quase meia hora de atraso a um concerto que por pouco não víamos de todo. As regras da casa (num autoritarismo provinciano) não permitem a entrada no recinto depois do início do espectáculo (seja ele qual for), nem mesmo entre as músicas! É incrível que com uma sala a um terço da lotação, se recuse a venda de bilhetes para um concerto de música pop, só porque "o espectáculo já começou"...
Problema contornado, lá conseguimos assistir ao resto do concerto, entrando ainda a tempo de ouvir uma surpreendente versão de "Like A Rolling Stone" de Bob Dylan, moldada pela amálgama de influências multiculturais que caracterizam o som (e as origens) da artista. Há uma óptima envolvência entre os músicos, com a guitarra de Sam Mills a dar o mote e o hipnótico violoncelo eléctrico de Vincent Segal a preencher o espaço de vários músicos. A estes dois juntou-se mais tarde um discreto e eficaz percussionista guineense (Djanuno Dabo?), que veio dar ainda mais coesão aos sons criados para servir de suporte à envolvente voz da cantora. Num concerto sem tempos mortos, foi interpretando temas próprios, alternados com músicas tradicionais indianas e africanas, às quais juntou imprevisíveis versões de alguns temas bem conhecidos, atingindo o ponto alto numa imponente colagem de uma música tradicional etíope ao mítico "Voodoo Child" de Jimi Hendrix.
Um interessante concerto de fusão, que apetece repetir.
(Z)
9.3.07
Ups, She Did It Again...
Quem terá sido o marketing genious que aconselhou a toxic girl a andar sem cuequinhas - ok, sabe bem e convém arejar, mas em privado!-, apanhar bubas de caixão à cova com a Hilton, armar-se em Sinead Spears e escrever 666 no couro cabeludo e declarar-se o Anti-Cristo?
Eu já estou um pouco bored... não há ninguém que pare esta rehabitual?
(C)
Eu já estou um pouco bored... não há ninguém que pare esta rehabitual?
(C)
Lennon só há dois
Não fui ver o concerto que deu recentemente em Lisboa.
Também deixei até à ultima para ouvir o álbum que lançou o ano passado.
Tudo isto por puro preconceito, por achar que "Lennon" não é um nome para se invocar em vão, nem mesmo sendo filho dele.
Pois. Se arrependimento matasse, neste momento eu estava a fazer tijolo. Azar meu. Parece-me que perdi um bom concerto e quase que passava ao lado de um grande álbum. O lindíssimo "Friendly Fire" está, irónica e infelizmente, a ser prejudicado pelo apelido sonante do autor. O que é uma pena, porque este filho de peixe nada como o caraças.
E eu vou ali autoflagelar-me e já venho...
Sean Lennon - "Dead Meat"
Sean Lennon - "Parachute"
(Z)
8.3.07
Isobel Campbell
O 3º álbum a solo da ex Belle and Sebastian, Milkwhite Sheets, é íntimo e delicado.
Construído sob uma instrumentação quase primitiva e a extremamente harmoniosa voz de Isobel Campbell, o álbum viaja pela folk britânica tradicional e pelas sonoridades minimalistas à semelhança do anterior Ballad Of The Broken Seas - marcado especialmente pelos duetos com a voz cavernosa dos Queens of the Stone Age, Mark Lanegan .
Neste último álbum, assistimos à alegre convivência de velhos clássicos com temas novos e o resultado é convincente. O tema Loving Hannah cantado a capella oferece 3 minutos de rara beleza e, baladas do século 19 como Reynardine ou Beggar, Wiseman Or Thief são autênticas lullabies que acalmarão os espíritos mais inquietos.
"Serenity now... serenity now..."
mp3: Are You Going to Leave Me?
mp3: Loving Hannah
(C)
Para não dizer que eu não falei de flores
Óptimas notícias para os lados da Ninja Tune. Cinco anos depois do excelente "Every Day ", e quando já os julgava a pairar no mesmo limbo que os Portishead, os The Cinematic Orchestra, um dos projectos mais importantes da editora, editam finalmente um novo álbum. Sai 26 de Março e chama-se “Ma Fleur” (nome influenciado pelo facto de alguns dos seus elementos viverem em França). Entretanto foram já editados dois singles ‘Breathe’ e ‘To Build a Home’ (onde parecem ter encontrado em Patrick Watson a reencarnação perfeita de Jeff Buckley). Para mais alguma informação, nada como ler uma entrevista com o líder Jason Swinscoe a propósito do álbum. Esta pequena amostra aqui em baixo promete imenso....
The Cinematic Orchestra - To Build A Home (Edit)
The Cinematic Orchestra - Breathe
The Cinematic Orchestra - Colours
(Z)
7.3.07
Annuals
Os Annuals já passaram por aqui a propósito do lançamento do seu álbum de estreia Be He Me, um dos discos que mais satisfação trouxe ao meu lado headphone's junkie no ano passado.
Apesar de ainda muito jovens (entre os 20 e 22 anos) - são uma espécie de irmãos mais novos de bandas como os Broken Social Scene ou Flaming Lips - estes músicos de excepção transbordam talento, entusiasmo, são multi-instrumentistas, bons letristas e fazem o equilíbrio perfeito entre o experimentalismo e a pop para criar um som único e inteiramente novo.
O seu novo EP, Big Zeus, com edição limitada ao UK, acrescenta dois temas novos : a versão acústica de Ease My Mind e Misty Coy.
Mais novidades incluem uma entrevista e performence ao vivo de 3 temas do Be He Me e ainda o novíssimo e excelente Do You Like It ( que fará parte do próximo álbum), tudo nos estúdios da Woxy em 21/02/07. Podem fazer aqui o download.
mp3: Do You Like It
mp3: Ease My Mind
Brother
(C)
6.3.07
Novo White Stripes
O duo anunciou no seu site que o sucessor de "Get Behind Me Satan" está pronto, vai-se chamar "Icky Thump" e será lançado logo que seja "corporativamente possível".
Como não temos muita paciência para esperar, vamos tentar pô-lo aqui a rodar ainda antes disso...
Mais detalhes aqui.
(Z)
I Am The Resurrection: A Tribute To John Fahey
É certo e sabido que, a maioria das vezes, os discos tributo não dão bons resultados. Ainda mais, quando os visados têm uma obra tão pessoal e intransmissível como o é o caso. No entanto, não deixa também de ser certo, que a forma peculiar como John Fahey utilizou a guitarra para transmitir a sua visão da América, não só criou vincadas influências, como originou uma "dependência" auditiva que deixou de ser satisfeita, com a sua morte, em 2001. Daí que não seja de admirar, que sejam os mais afectados pela perda de uma referência e fonte de inspiração, a colmatar essa falta da melhor maneira, reinterpretando de forma umas vezes próxima (Devendra Banhart), outras vezes com total liberdade de movimentos (Calexico), mas sempre com excelentes resultados, a música de um dos mais carismáticos guitarristas americanos.
Desperta a curiosidade pelo original, e essa é a melhor homenagem que se lhe poderia fazer.
Dêm um salto até aos comentários.
Pop Levi
Conhecendo Pop Levi como baixista do quarteto electro-pop Ladytron e em experimentalismos progressivos com os Super Numeri, o seu álbum a solo The Return To Form Black Magick Party, já tinha etiqueta de escuta obrigatória.
Levi declara profusamente não se interessar por indie, techno, metal, ou qualquer outra forma musical contemporânea, talvez por isso soe a uma mistura de rock' n'roll - Lennon meets Led Zeppelin - e glam-pop a fazer pensar em Bowie e T-Rex.
Uma autêntica viagem mas, não forçosamente em direcção ao passado.
Acelerador no máximo e Pop it Up!
Levi declara profusamente não se interessar por indie, techno, metal, ou qualquer outra forma musical contemporânea, talvez por isso soe a uma mistura de rock' n'roll - Lennon meets Led Zeppelin - e glam-pop a fazer pensar em Bowie e T-Rex.
Uma autêntica viagem mas, não forçosamente em direcção ao passado.
Acelerador no máximo e Pop it Up!
Sugar Assault Me Now (mp3)
Blue Honey (mp3)
(A Style Called) Crying Chic
(C)
Subscrever:
Mensagens (Atom)