5.8.12

Music Lotion vol.7 (pt.1)

Precisam de um bálsamo contra a poluição sonora que afecta tantas praias e esplanadas?
Pode ser que isto ajude.
E cuidadinho com o sol, mais valem duas melómanas que um melanoma.



Allo Darlin' Europe Alt-J Taro Ariel Pink's Haunted Graffiti Only In My Dreams ARMS Heat & Hot Water Baxter Dury Trellic Beach House White Moon Beachwood Sparks Sparks Fly Again Beat Connection Palace Garden, 4 Am Best Coast The Only Place Blur The Puritan Bobby Womack Dayglo Reflection (feat. Lana Del Rey) Bright Moments Milwaukee Caged Animals This Summer I'll Make It Up To You Canyons When I See You Again Cat Power Ruin Caveman My Time Charlotte Gainsbourg Paradisco Connan Mockasin Megumi The Milkyway Above Dale Earnhardt Jr. Jr. Vocal Chords Dent May Best Friend Devin Born to Cry DIIV How Long Have You Known? Django Django Waveforms The Do Slippery Slope Erika Spring Happy At Your Gate Evil Eyes Saw Her In The Sun Fanfarlo Feathers Field Music (I Keep Thinking About) A New Thing Friends I'm His Girl Gardens & Villa Gypsy Givers Up Up Up Grand Resort Night Is Dark Grimes Genesis Grizzly Bear Yet Again Hanni el Khatib Dead Wrong James Levy And The Blood Red Rose Sneak Into My Room Jens Lekman I Know What Love Isn't Jonquil It's My Part Julia Holter In The Same Room Kasper Bjørke Deep Is The Breath (with Jacob Bellens & Emma Acs) Kindness Swingin' Party Kishi Bashi It All Began With a Burst Laura Gibson La Grande Liechtenstein Passion For Water Lotus Plaza Strangers Lower Dens Brains A Lull Summer Dress Melpo Mene We Should Be Walking Memoryhouse The Kids Were Wrong Micachu Holiday Modern Rivals Defenestrate You Nick Camillo Who Are You Observer Drift Warm Waves Okko Bekker Ganges Delta Passion Pit Carried Away Paula Waverly Phèdre In Decay Poolside Harvest Moon Pterodactyl Searchers Purity Ring Fineshrine Real Estate Exactly Nothing Sandro Perri Love & Light Sharon Van Etten Serpents The Shins Bait And Switch Slow Club If We're Still Alive Softlightes In The Summer Summer Camp  Losing My Mind Suuns Sweet Nothing Tamaryn The Waves Tame Impala Elephant Tanlines Abby Tomas Barfod Till We Die (feat. Nina Kinert) Trails And Ways Mtn Tune Tu Fawning Anchor Twin Shadow The One Vacationer Good As New Violens Totally True The Walkmen Heaven White Denim Our Get WhoMadeWho Inside World WHY? Sod In The Seed World's Most Tall Shadows Wraygunn Don't You Wanna Dance Y Niwl Undegpedwar You Can't Win, Charlie Brown Over The Sun / Under The Water      ML7/1 ML7/2  ML7/3  ML7/4 Updates - The Sea and Cake Harps (via escafandrista-musicalPoor Moon Holliday Sun River Lines Sydney Wayser Potions

1.8.12

toca a votar!


Este tasco tem uma enorme devoção por tudo o que envolva os Wilco. Quase tão grande como pelas famosas guitarras Martin.
Agora imaginem o entusiasmo quando soubemos que a C.F. Martin & Company requisitou Jeff Tweedy para criar um modelo personalizado, baptizado com o seu nome e oferecê-lo num concurso de fotografia denominado Wilco In Nature, através do site da banda. A intenção é consciencializar as pessoas para votarem no ambiente em futuras eleições presidenciais.

Durante três semanas foram enviadas fotografias de todo o mundo e seleccionadas 50 pelos membros da banda. Dessas 50, a que tiver mais votações do público ganha a guitarra.

Pois uma das escolhidas foi esta imagem aqui em cima tirada na belíssima praia da Aguda.

Agora é só ir aqui e votar como se não houvesse amanhã.
Basta um click, não custa nada e será a única forma de Portugal ganhar qualquer coisita nesta fase dos jogos olímpicos...



Então isto é que é o Milhões De festa...


O Milhões é um festival precedido pelo hype de quem tem muito boa imprensa e se sabe aproveitar bem dela, o que geralmente cria muita expectativa e parco resultado. Neste caso a coisa fica a meio termo. Aparte alguns exageros - nem Barcelos é Barcelona, nem o Milhões é o Primavera Sound dos pequeninos - este é sem dúvida um dos quatro festivais Portugueses a frequentar, um dos únicos a apostar num alinhamento interessante e inovador. Só que neste caso, um pouco curto.
O cartaz, embora ecléctico, bem espremido oferece duas a três bandas por dia que vale a pena pagar para ver.
Há muita carolice e um certo amadorismo relaxado na organização, o que é simpático - permite um convívio entre público e bandas que não se vê noutros festivais - mas que não se reflecte nem no preço dos bilhetes, demasiado caros para a oferta, nem na excessiva segurança. O "corpo de intervenção" em constante patrulha pelas instalações com ar de quem está numa favela carioca, atrasou muito a entrada no recinto em revistas mais minuciosas que no JFK, e teimou em plantar cinco bisarmas a todo o comprimento do palco principal (já por si demasiado baixo), tapando quase totalmente a visibilidade de quem está à frente.
A afluência - a meio-pau - caracteriza-se por um ambiente heterogêneo cuja conotação hipster se fica pela quantidade de proto-Chalanas a ostentar orgulhosamente a pilosidade labial (será que os portadores de bigode não pagam bilhete?), e aparentemente quem vai ao Milhões vai para lá estar e não pelas bandas que por lá passam.

Vamos ao que interessa...

El perro Del Mar



Muito pouco à vontade nas novas vestimentas musicais, Sara Assbringer (há que louvar o sentido de humor dos pais) ainda vai ter muito que suar para provar que o novo "Pale Fire" está à altura do álbum homónimo de 2006 ou mesmo do anterior "Love Is Not Pop". A sueca parece estar sempre na corda bamba, entre a fragilidade sedutora e a certidão de óbito criativa e pelo que aqui foi dado a ouvir, talvez tenha esticado demasiado a corda.

Connan Mockasin



Um dos momentos altos do festival. O neozelandês que apanhou o comboio onde viajam os MGMT,  Tame Impala ou os senhores do post anterior,  parece ter-se agarrado aos comandos da locomotiva, criando um turbilhão psicadélico em forma de LSD auditivo que deixou muita gente tripar durante horas. Ok, estou a exagerar. Mas foi muito bom. Forever Dolphin Love soa ainda melhor ao vivo e a indumentária de época comprada em kings Road é um toque de mestre.

Prinzhorn Dance School



Curto e grosso. É assim o projecto mais rude da DFA, cuja única ambição consiste em reavivar a memória pós-punk dos The Fall e divertir toda a gente no processo. Foram quase sempre eficazes e a coisa até podia ter ido mais além, não fosse a "polícia festivaleira" intervir por excesso de diversão.

Al-Madar (Bassam Saba & NYAO)



Momento "pérolas a porcos" do Milhões. Um oásis ao final da tarde desperdiçado em meia dúzia de gatos pingados (eu incluído). Merecia muito mais. A repetir o quanto antes em condições menos adversas.

Alt-J

Δ




Arrastaram um punhado de almas para o Milhões, conquistaram dezenas. Mesmo com os problemas técnicos que obrigaram a um soundcheck bem maior que o concerto (e a alguns problemas durante o mesmo, faltou por exemplo o sample que caracteriza "Taro"), a pop inteligente e refinada do quarteto inglês só por si valeu o festival com o qual partilham o logo.
O timing não podia ser melhor, "Awesome Wave" - o álbum de estreia e um dos melhores do ano - saiu há pouco tempo, a banda está em absoluto estado de graça, com uma destreza e uma entrega impressionantes e, como dizia a outra, "the only way is up". Um privilégio.
O resto é história.