Afastada a hipótese do concerto ser cancelado por motivos de saúde - a coisa parece que esteve tremida durante os últimos dias - percebeu-se pelo ar cansado de quem se encontra esgotado fisicamente, que a subida ao palco de Josh Rouse na noite de ontem, constituiu um daqueles esforços suplementares etiquetados a vermelho com a frase "the show must go on".
Felizmente, nada disso impediu que o músico fizesse das tripas coração para proporcionar um envolvente concerto, perante uma sala anormalmente cheia e impaciente para assistir à ininterrupta chuva de hits que, durante cerca de hora e meia, fez as delícias de quem se deslocou à "casa da música" de Braga.
Começando de modo algo titubiante com alguns temas do recente "Country Mouse, City House", ligou o piloto automático para retemperar as forças durante "My Love Has Gone", subiu de tom com "Givin' It Up" e a partir de "Holliwood Bass Player" foi ganhando cada vez mais intensidade à medida que foi percorrendo toda a discografia, com especial incidência sobre o incontornável e muito solicitado "1972" - para além do tema homónimo, fez questão de passar pelos inevitáveis "Slaveship" e "Love Vibration", músicas que parecem ter um efeito reanimador, quer no músico, quer no público, que, já no encore com "It's The Nighttime" e "Why Won't You Tell Me What", não resistiu a mandar os lugares marcados às urtigas e ir dançar para a frente do palco.
A acompanhá-lo esteve uma "máquina sonora" muitíssimo bem oleada e cheia de groove, composta por um baixista com pinta de Randy Newman que conduziu os acontecimentos de forma segura e com o ar extremamente bem disposto de quem pagava pare ter o emprego que tem, um baterista sólido e eficiente, que tambem funcionou como segunda voz, e um teclista, desdobrado em guitarrista, que foi colorindo tudo com um toque de classe.
Mesmo não tendo atingido o nível a que já nos habituou e atendendo às circunstâncias, não se poderia pedir mais.
Na primeira parte, Frederic Aubele gastou 45 anestesiantes minutos, num concerto que raramente descolou da monotonia, revelando uma incompreensível discrepância relativamente aos - bem mais apetecíveis - discos.
Felizmente, nada disso impediu que o músico fizesse das tripas coração para proporcionar um envolvente concerto, perante uma sala anormalmente cheia e impaciente para assistir à ininterrupta chuva de hits que, durante cerca de hora e meia, fez as delícias de quem se deslocou à "casa da música" de Braga.
Começando de modo algo titubiante com alguns temas do recente "Country Mouse, City House", ligou o piloto automático para retemperar as forças durante "My Love Has Gone", subiu de tom com "Givin' It Up" e a partir de "Holliwood Bass Player" foi ganhando cada vez mais intensidade à medida que foi percorrendo toda a discografia, com especial incidência sobre o incontornável e muito solicitado "1972" - para além do tema homónimo, fez questão de passar pelos inevitáveis "Slaveship" e "Love Vibration", músicas que parecem ter um efeito reanimador, quer no músico, quer no público, que, já no encore com "It's The Nighttime" e "Why Won't You Tell Me What", não resistiu a mandar os lugares marcados às urtigas e ir dançar para a frente do palco.
A acompanhá-lo esteve uma "máquina sonora" muitíssimo bem oleada e cheia de groove, composta por um baixista com pinta de Randy Newman que conduziu os acontecimentos de forma segura e com o ar extremamente bem disposto de quem pagava pare ter o emprego que tem, um baterista sólido e eficiente, que tambem funcionou como segunda voz, e um teclista, desdobrado em guitarrista, que foi colorindo tudo com um toque de classe.
Mesmo não tendo atingido o nível a que já nos habituou e atendendo às circunstâncias, não se poderia pedir mais.
Na primeira parte, Frederic Aubele gastou 45 anestesiantes minutos, num concerto que raramente descolou da monotonia, revelando uma incompreensível discrepância relativamente aos - bem mais apetecíveis - discos.
4 comentários:
Houve um tipo no blog Radar a queixar-se do concerto em Braga. O argumento principal dele era que o Mr. Rouse teria tocado tanto tempo como o músico que fez a primeira parte (??). Mas dadas as evidências, em particular, a tua belíssima crítica, não sei se o queixoso teria tanta razão assim. Se calhar estaria sob o efeito de alguma substância menos lícita, que o fez perder a noção do tempo. :)
Ainda tentei ir vê-lo à Fnac do Chiado, mas justamente por motivos de saúde do músico (infecção nos intestinos, disseram-nos), o showcase foi cancelado.
***
O tal do tipo não deixa de ter uma certa razão... é que o Federico realmente foi tão secante que pareceu durar uma eternidade. Tempo esse que poderia ter sido melhor aproveitado com mais um bocadito de Rouse.
(e agora percebo o tom de pele meio esverdeado do Mr.!...)
Haha! Também foste! Eu fui aqui em Lisboa. O concerto por cá foi bastante bom! Ainda não escrevi o post, mas tenho que tratar disso rapidamente. O Kraak FM precisa de ser actualizado! :)
Hugzz!
Também saíste do aquário para ver o Rouse...
eu ainda estou à espera é que contes como foi os Okkervil River lá p'ras bandas do Luxemburgo!!! ;)
hugzz back @ U
C:)
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