5.11.07
Fujiya & Miyagi - Fest 2007, Santa Maria da Feira -02/11/07
Havia um de nós ainda não totalmente recomposto da frustração de ter perdido o concerto dos Fujiya & Miyagi na CDM no ano passado mas, - e apesar de algum cepticismo - lá se foi fazendo à ideia que era desta que matava toda a curiosidade acerca do trio fantástico ao vivo (os bilhetes comprados de véspera ajudaram a acalmar os ânimos…).
Inseridos na nova rubrica do Festival Internacional de Cinema Jovem de Sta Mª da Feira, o Fest Sound, os coolest boys de Brighton presentearam-nos com um pequeno/grande concerto, ainda não totalmente digerido de forma conveniente a transpor em palavras.
As surpresas sucederam-se a um ritmo que não deixava fechar a boca: logo à chegada o espanto pelo reduzidíssimo número de pessoas que aguardava o concerto - Tramados pelo Festival de Artes Performativas a decorrer no Porto? Terá sido cancelado, chegámos demasiado cedo, demasiado tarde? - incógnitas como estas espelhavam-se nos rostos das 6 ou 7 pessoas presentes. Escusado será dizer que foi com enorme satisfação que demos conta que os próprios F&M, a dada altura, também já passeavam a cerveja e o cigarro, descontraidamente, pelo átrio do Teatro António Lamoso, onde (insolitamente) o espectáculo viria a decorrer.
Aos primeiros acordes de "Ankle Injuries" e do murmúrio incessante de David Best - "Fujiya, Miyagi... Fujiya, Miyagi" -, ficou claro que fazíamos parte da festa privada, onde não mais de 40 pessoas puderam vibrar com a enorme demonstração de classe e bom gosto que se espalhou ao longo dos temas que compõem o álbum "Transparent Things" - krautrock em versão funk, através do groove contagiante do baixo de Matt Hainsby, da batida simples e eficaz da caixa de ritmos e da subtileza das teclas da responsabilidade de Steve Lewis, das vocalizações sussurradas e guitarra picada de David – tudo servido com extrema simplicidade e prazer genuínos.
Entre o "Sucker Punch", os "uhs" aspirados do tema punk-funk do novo single "Uh" e a explosão do hit "Collarbone", a reduzida plateia foi forçada a esquecer alguma da timidez inicial e a reagir de forma mais expressiva, com movimentos de pés e acenos de cabeça que pareciam concordar com "got to get a new pair of shoes, to kick it with her, not kick it with you". Os presságios funestos iniciais, por esta altura, já se haviam dissipado por completo, dando lugar à enorme satisfação de ver saciadas todas as expectativas criadas em torno destes rapazes.
Já no encore, desculparam-se pelo "Uh" repetente que se seguiria, - houve quem lhes roubasse um enorme sorriso, com a sugestão de que estavam à vontade para repetir todo o alinhamento.
Depois foi a vez de sair da festa com os discos autografados, um desejo correspondido de imediato com uma simpatia e solicitude nunca vistos - à falha da caneta que trazíamos, o próprio David se prontificou a tentar arranjar outra e até ofereceu uma cervejita...
(Z&C)
3 comentários:
bem, parece que tivemos na mesma festa privada!;) também por la passamos,e realmente o reduzido numero de pessoas foi incrivel. No entanto serviu para dar um caracter informal "a coisa"..;) energia, simpatia (principalmente no final do concerto) e uma excelente performance!
essa parte do autografo não me servia porque nao tenho o album mas...a cervejita até ia...pena!;P
abraço
"I look to through transparent things and I feel okay(...)" ;)
Fica combinada uma cervejita para a próxima?
Boa, vídeos da private party!
xoxo
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