The Police, Estádio Nacional 25-09-07

A falta de idade suficiente para ter estado presente na primeira rusga policial que se abateu sobre o Restelo, há 27 anos atrás, deixou sempre uma frustaçãozinha mal resolvida, que só poderia ser compensada com nova rusga, mesmo que efectuada pela brigada do reumático. O receio de estilhaçar a imagem da banda nos seus tempos áureos era grande, mas se sobreviveu à entediante carreira a solo da carraça Sting, sobrevive a tudo...
E aquilo a que se assistiu foi, esperemos, o canto do cisne. Uma última oportunidade para presenciar ao vivo, um punhado de clássicos incontornáveis dos últimos trinta anos de música pop, interpretados - ainda com alguma chama e notório prazer - por uma das mais marcantes bandas oriundas da velha Albion.
Tema após tema, o envelhecimento dos corpos não se reflecte na frescura da música, que se consegue sobrepor a alguns maus tratos, com o pontual resvalar de Sting para a inevitável cantilena de estádio e de Andy Summers para embaraçadores solos onanistas, a ser compensado pelo hiperactivo virtuosismo de Stewart Copland na bateria. Há aqui um estranho equilíbrio que mantém quase inalteradas as propriedades mágicas e energéticas de um trio que, após 22 anos de separação, ainda consegue fazer omoletes com isto:
- Message in a Bottle
- Synchronicity II
- Don't Stand So Close to Me
- Voices Inside My Head"
- "When the World Is Running Down"
- "You Make the Best of What's Still Around"
- Spirits in the Material World
- Driven to Tears
- Walking on the Moon
- Truth Hits Everybody
- Every Little Thing She Does Is Magic
- Wrapped Around Your Finger
- The Bed's Too Big Without You
- Murder by Numbers
- De Do Do Do, De Da Da Da
- Invisible Sun
- Walking in Your Footsteps
- Can't Stand Losing You
- Roxanne
- King of Pain
- So Lonely
- Every Breath You Take
- Next to You



A primeira parte esteve a cargo dos Fiction Plane. Quem? Exactamente. Rampa de lançamento para um baixista saltitão como o Sting, que é a cara chapada do Sting, que tem o timbre de voz de Sting, e que por acaso até é filho do Sting. O grupo não deixou saudades.
Aqui fica o ponto alto do concerto:


(Z)